A instabilidade política em Brasília

É cada vez mais complicada a situação da presidente Dilma e e a instabilidade política vai entrar 2016 a dentro. Nesta quarta-feira, 7, o Tribunal de Contas da União rejeitou as contas do Governo refente a 2014 e os deputados não deram quórum para a votação dos vetos da presidente às chamadas pautas bombas, mostrando a ineficácia, pelo menos por enquanto, da barganha feita com o PMDB.

Por unanimidade, os ministros do TCU entenderam que houve irregularidade na prestação de contas com base na Lei de Responsabilidade Fiscal.  É um parecer, encaminhado agora para o Congresso Nacional, que tem a prerrogativa de rejeitar, acatar parcialmente ou acatar e aí  o encaminhamento é o processo de abertura de Impeachment pelos parlamentares. Deve demorar, como tudo que acontece em Brasília. Para se der uma ideia, várias contas de governos anteriores, até de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ainda não foram analisadas e precisam ser para começar a avaliar a decisão do Tribunal de Contas.

A preocupação do governo deve estar grande, pois caberá a senadores e deputados o encaminhamento a ser adotado e pelo que se viu nesta quarta, em mais uma tentativa de votar os vetos das presidente Dilma, a ruína da base de apoio já é significativa a ponto de não conseguir quórum para garantir a posição governista. Nem a entrega de mais ministérios para o PMDB,  numa tentativa desesperada de virar o jogo, adiantou. Parte dos peemedebistas, entre eles a bancada catarinense, já se colocou ao lado da oposição e os demais partidos aliados agora chantageiam por conta do espaço dado ao partido do vice-presidente Michel Temer.

Não sei onde vai parar tudo isso, mas é certo que o Governo vai sangrar ainda mais. O Congresso Nacional, tão corrupto e ineficaz como  a administração de Dilma, vai cozinhar em fogo baixo o PT e aliados. O que está ruim, pode ser pior.

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