Representante do Executivo mostra detalhes da municipalização do SESI na Câmara de Blumenau

Imagem: CMB

A Comissão Legislativa Temporária Especial de acompanhamento do processo de municipalização do Centro Esportivo Bernardo Werner, o Sesi, se reuniu, na manhã desta quinta-feira, 20, na Sala de Reuniões anexa ao Plenário. Esta foi a primeira reunião da comissão no ano. A comissão já havia sido formada anteriormente na Câmara de Vereadores, no ano passado, mas teve encerrado o seu prazo regimental. A comissão tem prazo de 90 dias para a realização dos trabalhos.

Nesta primeira reunião, os vereadores integrantes iniciaram fazendo a eleição dos cargos da comissão. O vereador Carlos Wagner – Alemão (União Brasil) foi eleito presidente; o vereador Maurício Goll (PSDB) assumiu como vice-presidente. A relatoria ficou com a vereadora Giselle Chirolli (Podemos) e os membros são os parlamentares Sylvio Zimmermann (PSDB) e Emmanuel Santos – Tuca (Novo). Esteve presente na reunião o coordenador de atividades esportivas e culturais da Prefeitura, Paulo Funke, que explanou como está o andamento do processo de municipalização do Sesi e respondeu alguns questionamentos dos parlamentares nas partes técnica e operacional.

Os vereadores Carlos Wagner – Alemão, Giselle Chirolli e Sylvio Zimmermann e o assessor do vereador Maurício Goll, que estavam presentes, concordaram que a municipalização do Sesi seria um grande passo para a cidade e região tanto para a área esportiva, quanto na parte do turismo e da economia, inclusive podendo se tornar um distrito esportivo, se transformando em uma cadeia produtiva e de negócios no seu entorno, que refletirá de forma impactante no desenvolvimento do turismo e da economia, trazendo inclusive eventos esportivos nacionais e internacionais de grande porte. Agradeceram a presença do coordenador pelas informações relevantes que foram trazidas e que interessam a toda a sociedade.

Paulo Funke expressou a satisfação de estar presente na Câmara de Vereadores para tratar do esporte, que é um assunto que tem dedicado sua vida e apontou que tem acompanhado de perto desde o início, em 2021, todo o processo de municipalização, a pedido do secretário Marcelo Greuel, para que fizesse estudos em relação à viabilidade dessa municipalização. “A partir de então eu me dediquei a estudar a situação, o estado de conservação, as instalações do centro esportivo, auxiliando também nos cálculos de valores. A FIESC também apresentou os cálculos e nós também apresentamos os cálculos baseados em tabelas de depreciação e valores de custos de construção civil e tudo mais. Após a longa negociação feita pelo prefeito e pelo secretário Marcelo chegou-se ao ponto em que estamos agora, já foi aprovado pela FIESC e, em seguida, depois do outro processo também foi aprovado pela instituição em nível nacional do Sesi, estamos aguardando os próximos passos para verificar em que momento efetivamente vai acontecer”, explicou, apontando que existe a possibilidade de dentro de algumas semanas aquela estrutura estar municipalizada. Ele ainda disse que, provavelmente, o primeiro passo será uma administração conjunta e de transição, entre os dois entes, a prefeitura e a Fiesc. “É provável que por algum tempo vai acontecer uma administração compartilhada para que, por fim, o município passe a ter a administração daquele centro esportivo”, adiantou.

A vereadora Giselle Chirolli, que foi a proponente do requerimento para a instalação desta comissão, explicou que, assim como no ano passado, o objetivo da comissão é acompanhar esse processo e também auxiliar nas ações do Sesi. Ela lembrou da sua trajetória no esporte e apontou que o intuito é colocar a Casa Legislativa à disposição do município, podendo dar sugestões e para que possa auxiliar no que for preciso para dar viabilidade nesse processo de municipalização. “Eu tenho certeza que teremos algo sustentável e acessível sendo um complexo para toda a cidade”, enfatizou, parabenizando o empenho do coordenador nesta luta. Ela questionou a respeito da existência de algum projeto pensado na questão da adaptação daquela estrutura do Sesi para dar acessibilidade para os atletas do paradesporto em eventos nacionais e internacionais que futuramente podem acontecer lá.

O coordenador explicou que técnicos da Secretaria Municipal de Turismo fizeram projetos para a captação de recursos. Ele explicou que esses projetos de captação de recursos também premiam a questão da acessibilidade dentro do centro esportivo, inclusive no projeto do parque municipal, que deve ser implantado dentro do Sesi, todas as questões de acessibilidade estão sendo premiadas. “A questão agora é iniciar a confecção dos projetos, pois é um processo um pouco longo. Primeiramente faz um processo licitatório para os projetos, indica para a empresa para fazer exatamente aquilo que você quer dentro do projeto e depois do projeto é a fase de execução, que é a fase mais delicada, precisa de mais acompanhamento e mais fiscalização para que o Sesi seja acessível em todo a sua extensão”, apontou.

O vereador Carlos Wagner – Alemão demonstrou preocupação, por conta da conjuntura política e das eleições, com a garantia dos recursos que foram acordados com o Governo do Estado na atual gestão para compra e a reforma e manutenção daquela estrutura e, se, futuramente, continuar garantido com uma outra administração estadual assumindo. O coordenador apontou que as questões de negociações sempre foram de atribuição do prefeito Mário Hildebrandt e do secretário de Turismo e que ele é responsável pela parte técnica e operacional. Mas a sua visão é de que em uma outra conjuntura política a importância desse equipamento para a sociedade não irá mudar. “Toda mudança na conjuntura política pode causar reflexos na questão de investimentos e das intervenções, mas eu penso que esse processo seja de interesse de todas as esferas de governo e que venha trazer retorno não só para o município, mas para o estado e para o Brasil, inclusive fora do país nas questões de eventos internacionais”, ponderou.

Uma ponderação que foi feita pelo parlamentar Sylvio Zimmermann com a possibilidade de concretização do centro esportivo é que aquela estrutura possa representar uma despesa excessiva aos cofres públicos com as manutenções que precisarão ser feitas e outras questões. Apontou a necessidade de se pensar em um plano de concessão e de parcerias público-privadas. “O município não arrecada para manter um instrumento daquele tamanho. Sabemos que haverá o atrativo para a realização de eventos esportivos, que vão arrecadar para o município, mas será preciso também para ajudar a promover esses eventos, por isso se deve pensar em uma forma de entrar recursos por meio de parcerias e de concessões das mais diversas formas para que se capitalize e possa gerir e para que as manutenções necessárias sejam feitas”, apontou o vereador. Ele questionou se existe algo neste sentido na mira do poder público.

Paulo Funke assinalou que em 2021, quando foram feitos os estudos aprofundados, desde lá se vem acompanhando as questões relativas ao custo operacional do centro esportivo. “Nós da equipe técnica observamos que a energia elétrica representa um valor bem considerável e expressivo durante o ano. Quando fizemos o projeto de intervenção, nós previmos a instalação de um gerador de energia fotovoltaica para suprir a demanda energética do Sesi. Esse investimento poderá ser subsidiado pela Celesc ou por outras empresas. Isso geraria uma redução de 90 a 95% no custo da energia elétrica do centro esportivo. Nós estamos estudando também todas as questões de manutenção, sabemos que sendo um equipamento municipal sempre vai ter que ter jardinagem, manutenção elétrica, manutenção hidráulica, entre outras. Todos esses estudos estão sendo feitos para que o centro se torne sustentável e para que o custo operacional do Sesi seja o menor possível”, garantiu, acrescentando que existe restaurante, academia e lanchonete no Sesi e que esses equipamentos podem ser frutos de concessão ou de parcerias com o poder público.

Por fim, o coordenador já adiantou o pedido de apoio da Casa Legislativa no momento em que o processo se concretizar e na possibilidade existente de ser encaminhado à Câmara um projeto do Executivo municipal para a implantação de recursos humanos dentro do centro esportivo. “Essa será uma grande contribuição que o Poder Legislativo poderá dar para esse processo, possibilitando o início efetivo dos trabalhos e da realização de alguma obra, pois é necessário que se tenha uma estrutura administrativa dentro do centro esportivo”, apontou, se colocando à disposição da comissão. Os vereadores também se colocaram à disposição do poder público para essa e outras questões necessárias e também disseram que vão continuar acompanhando o processo e levando as informações à sociedade blumenauense.

Fonte: CMB

1 Comentário

  1. Se a municipalização do SESI for para apoiar o esporte amador da cidade , tudo certo .
    Mas como conhecemos os vereadores , corremos o risco do SESI se tornar estadio municipal para acomodar o Metropolitano , que é uma empresa privada . Corremos o risco do SESI se transformar em um clube para os funcionários públicos . Corremos o risco do SESI se transformar em cabides de empregos de cargos comissionados . O presidente do Metropolitano é da política , já foi presidente de autarquia, tem um filho vereador/secretario que deu o pontapé inicial para a municipalização .Esperamos que a comissão legislativa olhe isto tudo com muita atenção , pois gostaria de estar errado , mas penso que não . Por algumas conversas de bastidores , o SESI já esta sendo loteado entre alguns interessados , esperamos que sejam só conversa , mas vindo do legislativo blumenauense , onde temos vereador que da carteirada em agente de trânsito e os demais entram na defesa , espera-se qualquer coisa .

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