Opinião: apertem os cintos! 2022 começou….

Rompemos o ano de 2022 com cenário sanitário similar ao do último triênio. Com os casos de COVID explodindo, o mundo tem registrado recordes de infecção diárias pelo vírus. Em Blumenau, o contágio já rompeu a barreira de 1000 casos diários. A busca por atendimento médico, ou até mesmo um exame, é precedido por uma corrida hercúlea, seja na rede pública ou privada. Já há relatos de falta de testes na cidade.

O cenário sanitário dificulta a retomada econômica. O chamado crescimento em “V”, prometido por Paulo Guedes e pelos economistas neoliberais, nunca chegou. Verdade seja dita, desde o golpe de 2015, a direita governa o país e nesse período ampliou-se a desigualdade, retirou-se direitos trabalhistas e sociais e ressurgiu entre nós a fome. “A ponte para o futuro” tornou-se um salto para um abismo de desemprego e desesperança. Tornou-se comum a notícia de brasileiros invadindo lixões em busca de algo que possa ser usado como alimento.

A cena dantesca amplia-se, porque no principal posto de poder da nação temos um anti-presidente que cultua a morte, nega a ciência e navega contra o razoável. Bolsonaro na presidência cumpre sua promessa de campanha: “não vim para construir, mas para destruir”. Em 2022, com as pesquisas eleitorais apontando seu derretimento, o nível da incongruência presidencial deve crescer. Não esperemos do governo federal uma reação efetiva à variante Omicron.

Em 2020, a reação à chegada do coronavírus em terras tupiniquins foi capitaneada pelos governadores e prefeitos. Entre erros e acertos, os chefes das unidades da federação assumiram o vácuo deixado pelo genocida e seus fantoches, que se revezaram como ministros da saúde.  Dividiram o protagonismo com os prefeitos e impediram mortalidade ainda maior. Este ano, porém, os governadores estarão pressionados pela agenda eleitoral.

Por conta da legislação eleitoral que impõe aos prefeitos a necessidade de renúncia dos mandatos para alçarem voos maiores, é deles que devemos esperar reações mais sóbrias para o enfrentamento da peste. Porém, por serem o primo pobre da federação, os executivos municipais possuem poderes limitados e uma variável pressão dos poderosos locais.

Se a curto prazo nosso desafio é sobreviver à peste e suas variantes, temos ainda a tarefa de rediscutir a nação, refundar os pactos republicanos, vacinar-se contra a anti-política e suas inúmeras mutações e retomar o processo de redemocratização e construção de uma cidadania efetiva iniciado com a carta de 1988. Tarefa que passa pelas urnas em outubro.

3 Comentário

  1. O tema do post é interessante. 2022 promete. Mas:

    “Golpe de 2015”
    Parei de ler ali.

    Primeiro pela parcialidade com um evento democrático e que foi necessário para dar um mínimo de folego ao país.

    Segundo pela falta de informação do autor: se a expressão quis fazer referência a o impeachment de Dilma, pelo menos se informe corretamente. Ele ocorreu em 2016.

  2. Já havia lido outros textos deste senhor aqui no Informe , mas este foi campeão , mas este ganhou de todos , conseguiu escrever um texto com 100,00 % de asneiras .

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