As várias “surpresas” da “surpreendente” nova Mesa Diretora da Câmara de Blumenau

Foto: cedida Alexandre José

O encaminhamento para a primeira Mesa Diretora da Câmara de Blumenau, anunciado na manhã deste sábado, está recheado de surpresas e interpretações.

Apesar do futuro presidente ser um vereador eleito por um dos partidos que formaram a coligação de Mário Hildebrandt (Podemos), o ex-secretário de Esportes Egídio Beckhauser (Republicanos),  o Governo foi surpreendido e a escolha dos quatro nomes é uma derrota para a articulação governista. É  a segunda eleição da Mesa Diretora com Hildebrandt como prefeito e a segunda derrota.

Outra surpresa é a escolha de dois vereadores de primeiro mandato para a presidência e vice, fato sem precedentes na história recente do parlamento de Blumenau.

Chama a atenção a capacidade de articulação de Egídio, que não despertou atenção do pessoal ligado a administração. Nesta semana conversei com ele sobre as conversas e ele deu um “migué”, dizendo que não estava participando de conversa alguma.

Outra situação que chama a atenção é a força de Silmara Miguel (PSD), que superou seus colegas da Igreja Assembleia de Deus – Marcos da Rosa (DEM) e Jovino Cardoso (SD) – e ocupou o segundo posto mais importante na Mesa, o de de vice-presidente. Mas a força dela tem nome e sobrenome, o deputado estadual Ismael dos Santos, presidente do PSD.

Outra surpresa é o apoio de Bruno Cunha (Cid) e Tuca Santos (Novo) a uma chapa que contava com Almir Vieira (PP). O candidato a prefeito pelo Novo, Odair Tramontin foi o principal algoz de Viera, no desdobramento eleitoral da Operação Tapete Negro, quando era promotor público. E Bruno nunca negou que não concordava com a forma de fazer política de Almir, que mostra sua força ao manter-se como 1º secretário.

Outro fato que merece uma análise é a divergência entre Bruno Cunha e Professor Gilson (Patriota), os dois que construíram uma parceria sólida na atual Legislatura. Bruno sempre sinalizou apoio a candidatura do amigo, que buscava a presidência. Tentou trazê-lo para a chapa que estava sendo montada, mas lá pelas tantas entendeu  que Gilson buscava se aproximar da chapa que o Governo tentava construir unindo a base e os “independentes”.

Será que há espaço para alguma outra “surpresa”? A eleição, de fato, acontece dia 1º de janeiro, logo depois da posse. O que aconteceu neste sábado foi o encaminhamento de votação, com oito vereadores, o que configura a maioria.

1 Comentário

  1. Câmara de Blumenau , sendo a Câmara de Blumenau …e ainda achávamos que os novos seriam diferentes , ledo engano .

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*