Senadores da CPI da Covid querem convocação e quebra de sigilos de Carlos Bolsonaro

Foto: Redes Sociais/Reprodução

O vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro e seu principal estrategista no ambiente digital, é alvo da CPI da Covid. Nesta segunda-feira, 17, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou um requerimento para que o político fluminense seja ouvido pela Comissão. Horas depois, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu a quebra dos sigilos telefônico e fiscal do parlamentar municipal.

Nas últimas semanas, cresceram os indícios de que Carlos – que não possui nenhum cargo público na administração federal – tenha participado ativamente de reuniões de combate à pandemia e mesmo de negociação de vacinas pelo estado brasileiro.

“Eu, por exemplo, testemunhei várias vezes reunião de ministros onde o filho do presidente que é vereador no Rio de Janeiro estava sentado atrás tomando as notas da reunião”, afirmou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em seu depoimento em 4 de maio.

Na última quinta-feira, 13, o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, também revelou que Carlos esteve presente em reuniões com a farmacêutica. Todos estes fatos motivaram, segundo o senador Humberto Costa, seu pedido de convocação.

“É preciso esclarecer qual é o papel do citado vereador na elaboração da estratégia do governo federal no enfrentamento da pandemia”, buscou justificar.

O pedido feito por Alessandro Vieira também se vale do depoimento de Carlos Murillo para pedir a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário de Carlos.

“Causa espécie o fato de um vereador ser chamado a participar e opinar em decisões que devem ser tomadas pelo Governo Federal, com o apoio de especialistas em saúde”, explica o senador sergipano.

” Nesse sentido, é necessário esclarecer os exatos termos em que se deu sua atuação na negociação de vacinas não só no momento da reunião aludida pelo ex-presidente da Pfizer como também em ocasiões anteriores e posteriores.”

Os pedidos, no entanto, devem ser apreciados pelos senadores, que devem aprovar ou rejeitar os requerimentos. Ainda não há data prevista para esta votação.

Fonte: Congresso em Foco

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