Polícia Civil conclui inquérito sobre pagamento de horas extras no Samae e indicia ex-diretor Guto Reinert

Foto: Policia Civil

A 4ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção concluiu inquerito que investigou fraude no pagamento ilegal de horas extras para funcionários da SAMAE. O delegado Lucas Almeida disse que ficou comprovado que houve pagamento de horas extras e verba de sobreaviso fora de padrão para funcionários.

A situação teria se agravado em 2020, quando houve pandemia e parte dos funcionários trabalharam em home office, o que significaria diminuição desses pagamentos.  Foi constatado que foram pagas horas extras e sobreaviso inclusive em meses de férias e o sobreaviso era pago no quantitativo de 14 dias, quando deveria ser de 5 dias, segunda a lei vigente à época. Apurou-se que muitas das horas extras quase não se alteravam mês a mês, mesmo tendo caráter excepcional.

O delegado também explicou que o inquérito concluiu que parte desses pagamentos voltavam para o ex-diretor Guto Reinert, candidato a vereador na época, como caixa 2 de campanha politica. Cerca de 200 mil reais foram encontrados na casa do candidato, verba que, segundo a Polícia, era decorrente deste esquema no SAMAE.

Guto foi indiciado pelo crime de peculato doloso e um ex-gerente pelo crime de peculato culposo. O crime de peculato pode incorrer na pena de prisão de até 12 anos.

Nesta terça-feira, também foi conhecido o resultado da ação que tramitava no Supremo Tribunal Eleitoral, referente aos embargos declaratórios impetrados pela defesa de Guto. O ministro Tarcisio Viera de Castro entendeu que foi uma tentativa de atrasar o processo e aplicou uma multa no ex-candidato de um salário mínimo, pouco mais de R$ 1.000,00.

Guto foi condenado pela Justiça Eleitoral por ter se desincompatibilizado fora do prazo, o que o tornou inelegível. 

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