Opinião: ele não é apenas o tiozão do churrasco

Foto: reprodução

O Brasil contabiliza 751 novas mortes por Covid-19, mas a contagem do presidente é outra, o número de convidados para o seu churrasco, “uns 30”, “uns 1.300”.

Na quinta-feira, Bolsonaro declarou: “Vou fazer churrasco sábado aqui em casa. Vamos bater um papo, quem sabe uma peladinha. Devem ser uns 30 [convidados]. Não vai ter bebida. Vai ter vaquinha, R$ 70,00”.

Na sexta-feira, ironizou quando questionado: “Vou chamar uns 1.300 convidados, mas quem tiver amanhã aqui, se tiver mil, a gente bota para dentro”, disse o presidente, rindo.

O que diremos aos outros que decidirem imitá-lo?

Sem precedentes, ele afronta todos aqueles que estão na luta contra a pandemia e desdenha dos milhares de brasileiros que ainda não receberam o auxílio emergencial, dos doentes e das famílias dos mortos pela doença.

Já não convence mais, faz tempo que ele perdeu a máscara de “tiozão do churrasco”, a máscara do “é o jeitão dele”. Está explícita sua falta de bom senso, de humanidade.

A não ser o seu núcleo duro de apoiadores – porque aí não tem autocrítica -, todos os outros brasileiros precisam urgentemente assumir que não temos mais um presidente.

Hoje, quem mais torce contra o Brasil é o próprio Bolsonaro e os números diários da doença devem ser os seus motivos para comemoração.

1 Comentário

  1. Parabéns! Como sempre uma análise muito bem feita.

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