Ônibus em Blumenau: defesa da empresa Glória usa entrevista do prefeito Napoleão

Os argumentos do defensor da Nossa Senhora da Glória se confundem com os do Consórcio Siga, por duas questões básicas. A empresa representa 66% do serviço e o advogado é o mesmo, Antônio Marchiori.

Na relação específica aos questionamentos do mandato de intimação da Prefeitura, nega qualquer desvio de recursos, mas admite eventuais erros contábeis e alega que alguns valores que tiveram sua aplicação questionada são irrisórios perante ao montante do problema financeiro.

São só quatro laudas, o advogado guardou as considerações para a defesa do Siga como um todo. Mas tanto lá, como aqui, usou de uma fala do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) ao Jornal de Santa Catarina.

Obviamente para dizer que o prefeito tinha conhecimento do colapso do sistema.

” É importante também recapitular, que Blumenau hoje paga um preço fruto de ações irresponsáveis e demagógicas do passado, da utilização política do Judiciário para se fazer demagogia e proselitismo político.

Em virtude disso, Blumenau tem um descompasso na tarifa do transporte coletivo. Houve uma liminar em 2009, dizendo que aquele reajuste em princípio não estava de acordo com a formalidade legal. Em 2014, cinco anos depois, o Judiciário reconheceu que aquela decisão de 2009 estava equivocada.

Ou seja: há um passivo aí, de capacidade de investimento das empresas, em virtude de o Judiciário ter sido levado a erro, justamente em virtude da utilização política, irresponsável, demagógica e eleitoreira do Judiciário. E aí a conta vem, né,da incapacidade de investimento.

Mas nesse momento, a Prefeitura tem feito a gestão, absolutamente rigorosa do contrato e cobrado das empresas a sua responsabilidade.

Agora, é importante que a sociedade faça essa reflexão política !

(Prefeito NAPOLEÃO BERNARDES, em entrevista concedida em 2015 ao Jornal de Santa Catarina, revelando com precisão a causa determinante do colapso do sistema de transporte coletivo e da própria intervenção – os grifos foram acrescidos).”

Essas “ações irresponsáveis e demagógicas” a qual a defesa da Glória refere-se é a impetrada pelo então advogado Ivan Naatz, hoje vereador do PDT, em 2009. Cinco anos depois, uma outra decisão da Justiça, entendeu que o acolhimento da ação de Naatz teria sido equivocado.

São os argumentos da defesa da Empresa Nossa Senhora da Glória.

Confira a defesa das empresas Rodovel e Verde Vale, feita por outro advogado de renome, com passagem pela administração de Napoleão Bernardes.

Você já viu a linha de defesa do Consórcio Siga? Então veja.

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1 Comentário

  1. Náo fosse a irresponsabilidade e a má fé de quem assumiu a Glória em 2013, pois náo havia a menor condição de equacionar as contas. Durante todo tempo o negócio era só criar polêmica dentro do Siga, no Seterb, Justiça do Trabalho e fornecedores tudo para ganhar tempo em qto os envolvidos se beneficiavam. Tentei várias vezes mostrar o desmando náo fui ouvido sai seriamente prejudicado e envolvido. Para complicar mais ainda hoje existem indícios de fraude na contratação dos serviços de transporte. Espero q os culpados sejam responsabilizados,por questão de justiça.

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