CPI contra Jovino Cardoso Neto: interesses eleitorais ou coletivos?

Não há dúvidas que o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto (PSD) cometeu crimes ambientais. Ele mesmo admite e já foi multado em R$ 10 mil pela Faema e terá a denúncia encaminhada ao Ministério Público, que caberá ajuizar uma denúncia crime.

As evidências de que o servidor comissionado, lotado no gabinete dele, prestasse serviço na propriedade do vice-prefeito, também são grandes. A Prefeitura instaurou um inquérito administrativo para apurar o fato.

Com todo o respeito aos nove parlamentares que assinaram o pedido de CPI protocolado pelo denunciante Jefferson Forest (PT), não vejo motivos para tanto, fora o fato de ser um ano eleitoral e Jovino Cardoso Neto ser um forte candidato a vereador.

Não gosto da atuação política do vice-prefeito e entendo que está há três anos e pouco trabalhando em causa própria, mas a responsabilidade não é somente dele e sim do sistema político que permite ser assim.

Agora, já tivemos motivos com interesses bem mais coletivos que foram ignorados pelos parlamentares. Fico apenas na questão do transporte coletivo, que mexe com mais 100 mil pessoas diariamente.

Jovino colhe o que planta na área política, afinal muitos não gostam dele, principalmente os vereadores, concorrentes diretos.

Os parlamentares de oposição – PT e PDT , fazem a parte deles e ocupam espaço neste ano eleitoral e podem, inclusive, ter um palanque extra para fazer críticas à administração de Napoleão Bernardes (PSDB). Aliás, o prefeito liberou o voto da base governista e só pediu para a bancada tucana deixar quieto.

Sendo assim, Becker (DEM), Zeca Bombeiro (Solidariedade), Célio Dias e o líder do governo Robinho (ambos do PR) e em especial Fábio Fiedler ( do PSD, colega de partido do vice-prefeito) deram apoio a uma iniciativa do PT em ano de eleições municipais.

Alguém acredita em interesse coletivo?

cpi jovino

4 Comentário

  1. Alexandre,
    Sua colocação esta correta , 99 % de interesse político e falta de vergonha dos vereadores que não assinaram a CPI do transporte publico mas quando lhes interessa fazem valer as normas e assinam qualquer coisa .Só precisam cuidar do Becker , tem costume de assinar e depois desistir .

  2. Que dizer que com a desculpa de ser ano eleitoral não se deve nem punir nem investigar? Grande piada! Que a oposição não deva fazer o seu papel “pois é ano eleitoral e isso é só palanque” ,kkkk! Pra mim não interessa de quem venha a denúncia e nem em que tempo, cometeu crime tem que ser punido, e nesse caso se a cpi evitar que o vice prefeito seja eleito, já é um começo, pois mostrando a cara dos maus políticos é que a população terá uma chance de escolher melhor seus representantes! E mais, é com ajuda dos “formadores de opinião” que publicam coisas do tipo; “não vejo motivos para tanto, fora o fato de ser um ano eleitoral e Jovino Cardoso Neto ser um forte candidato a vereador.” é que a corrupção chegou ao nível que chegou. A mídia tem sua parcela de culpa e responsabilidade por disseminar a filosofia da complacência com corrupção! Aceitar a corrupção sem protestar e cooperar com ela. “O inimigo do meu inimigo,é meu aliado!”

  3. Penso caro jornalista, independente de ano eleitoral qualquer fato politico deve ser questionado e apurado.Temos a FOZ que também deve ser investigada,SIGA,bandeira rasgada no valo de 60,000,00 Mil que não durou um dia,Risotolandia,URB,Tapete Negro e agora essa questão do Vice-Prefeito. Também temos a SECOM,verbas de anúncios para publicidade em meios de comunicação.Que não deve não teme.Só ter coragem!

  4. As entrelinhas da política sao obscuras….necessário entende-las.

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