Advogados e entidades pedem investigação de empresários por mensagens golpistas em grupo de WhatsApp

Foto: Metrópoles/Reprodução

Advogados e entidades apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que seja investigado no âmbito do inquérito das milícias digitais um grupo de empresários por supostas mensagens golpistas em grupo de WhatsApp. O inquérito está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Mensagens reveladas pelo site “Metrópoles” mostram que empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro passaram a defender um golpe de Estado caso Lula vença as eleições de outubro, derrotando o atual presidente.

O inquérito das milícias digitais apura a atuação de um grupo que busca atacar a democracia e se articula em núcleos (a suspeita é que o grupo tenha sido abastecido com dinheiro público).

O grupo de advogado e entidades pede que sejam investigados Luciano Hang (dono da Havan), Afrânio Barreira Filho (do Grupo Coco Bambu), Ivan Wrobel (da construtora W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo (dono da marca de surfwear Mormaii).

Além dos quatro empresários citados no pedido, também fazem parte do grupo no WhatsApp, segundo o “Metrópoles”, outros empresários, como José Isaac Peres (dono da gigante de shoppings Multiplan) e José Koury (dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro).

Ao “Metrópoles”, José Koury afirmou não defender um golpe, mas em seguida confirmou que “talvez preferiria” a ruptura a uma volta do PT. Morongo afirmou que não apoiará qualquer “ato ilegítimo, ilegal ou violento”. Meyer Nigri, da Tecnisa, disse que pode “ter repassado algum WhatsApp” que recebeu, o que não significa que concorde.

Afrânio Barreira, do Coco Bambu, afirmou que não se manifestou a favor de “qualquer conduta que não seja institucional e democrática”. Em nota ao “Metrópoles”, a assessoria de imprensa do grupo Multiplan disse que o empresário José Isaac Péres “sempre teve compromisso com a democracia, com a liberdade e com o desenvolvimento do país”.

Fonte: g1

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