A mobilização – tardia? – contra os paraquedistas eleitorais em Santa Catarina

Foto: Alan Santos/Reprodução

Os grandes veículos de imprensa, lideranças políticas e até a FIESC resolveram sair da bolha que eles ajudaram criar e se posicionam contra a possibilidade de termos dois paraquedistas eleitorais em 2026 em Santa Catarina, com o DNA do clã Bolsonaro. O primeiro é o filho mais novo, Jair Renan, eleito vereador em Balneário Camboriú, com uma atuação pífia até o momento.

O segundo movimento é em torno de Carlos Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal no caso da ABIN paralela. O ex-presidente sinalizou que teria interesse que seu filho, vereador no Rio de Janeiro, seja candidato ao Senado por Santa Catarina, tirando a vaga de uma bolsonarista raiz, no caso da deputada federal Júlia Zanatta (PL).

Vale lembrar que até recentemente o nome da ex-primeira dama Michele Bolsonaro foi especulado também para ser candidata ao Senado aqui no estado.

“Precisamos de representantes com raízes no Estado”, escreveu a FIESC em um comunicado público.

Importante. Importante que reflitam também no papel que tiveram e ainda tem na alimentação desta bolha, que faz de Santa Catarina um dos estados mais bolsonaristas do pais, sem as contrapartidas necessárias. A administração Jair Bolsonaro ficou devendo para o povo catarinense.

Confira o que disse a Federação:

Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. A indústria catarinense defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas.

Temos um dos maiores parques industriais do Brasil, somos protagonistas nas exportações, na inovação e na geração de empregos e, graças a isso, referência nacional em qualidade de vida e segurança. Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado.

Nossos congressistas devem estar ligados ao setor produtivo e à população catarinense, para defender com legitimidade e conhecimento de causa os nossos interesses. A FIESC valoriza a autonomia política do estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade.

3 Comentário

  1. O simples fato de existir o termo “bolsonarismo” assim como o “petismo” mostra o péssimo caminho que o estado é o Brasil seguem. Basta ver o que ocorreu com os países onde tivemos estes “ismos” como Peronismo, Chavismo, Castrismo etc. Foi o início da queda econômica e social dos respectivos países, vamos fugir deste viés de fanatismo, de salvadores da pátria e focar nas demais opções, principalmente locais.

  2. Todos que reclamam ajudaram a parir essa aberração e agora soltam notas de repúdio. Inclusive a Fiesc e a mídia local (principalmente a NDTV que emitiu um editorial sobre o assunto). São muito dissimulados.

  3. A paixão aqui em SC não tem limite. Se Bolsonaro indicar meu cachorro para qualquer cargo, ele será eleito.

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