Um debate sonolento em Santa Catarina

Foto: Foto: NSC/Reprodução

Apesar de ser o último debate desta corrida eleitoral em Santa Catarina, o promovido pela NSC nesta terça-feira foi sonolento, cansativo. Pelo horário, pela “overdose” de debates e pela fórmula.

Começando às 22h30, o debate certamente não teve a audiência anunciada pela emissora, de mais de um milhão de telespectadores, longe disso. A fórmula do debate, com oito candidatos, foi aquela mais engessada, pergunta, resposta, réplica e tréplica.

E por fim o excesso dos debates, que faz com que os candidatos já se conheçam e o eleitor que assiste boa parte deles, como eu, já saiba as respostas e tentativas de pegadinhas.

Novamente o ponto fora da curva ficou para o candidato Ralf Zimmer (PROS), que está nesta eleição como outsider, literalmente buscando visibilidade, atacando os adversários abaixo da linha da cintura. Gera uma certa emoção, mas pouco contribui para o esclarecimento.

Jorge Boeira (PDT) também chegou a fazer isso, mas, digamos, menos vezes e de forma mais republicana.

No mais, as disputas de sempre. Moisés contra Jorginho, Moisés contra Gean, Gean contra Jorginho e vice versa, sinalizando o que as pesquisas internas devem estar apontando. Dois deles devem passar ao segundo turno.

Esperidião Amin domina o espaço do debate, tem oratória e organização de ideias, mas parece não encantar. Sua participação mais importante foi cobrar de Carlos Moisés uma explicação sobre uma denuncia dele contra Jorginho Mello, que supostamente teria pedido ao Governo para manter um contrato com a Celesc, um esclarecimento que o governador licenciado deve agora à sociedade, sob pena de ser visto como leviano.

Décio Lima, do PT, manteve-se na linha paz e amor, buscando associar-se a imagem do candidato à Presidência Lula (PT), mas dissociando-se das denúncias de corrupção contra o Partido dos Trabalhadores.

Odair Tramontin, do Novo, manteve a postura de paladino da moralidade, com criticas a classe política no geral e novamente o combate enfático contra o Fundo Eleitoral.

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