Servidores públicos municipais acenam com greve a partir de junho

Foto: Cristiano Silva/Rádio Nereu Ramos

Depois de duas assembleias nesta terça-feira, 10, a categoria decidiu rejeitar a proposta da Prefeitura de repor a inflação em cinco parcelas, terminando de pagar em fevereiro do ano que vem.  Entre o encontro da manhã e o da tarde, o comando do Sintraseb tentou melhorar a proposta do Município, sem sucesso. Por conta disso, os servidores fizeram a segunda assembleia e decidiram pela greve a partir de 8 de junho, quando está previsto em lei o pagamento integral do INPC mais o 1% de ganho real.

Foto: Cristiano Silva/Rádio Nereu Ramos
Foto: Cristiano Silva/Rádio Nereu Ramos

Esta é aposta do Sintraseb. Judicializar a discussão no momento que a administração Napoleão Bernardes (PSDB) descumprir a legislação assinada por ela própria como acordo para acabar com a grande greve de 2014. Em junho a folha salarial deveria vir com os 9,83%  do INPC dos últimos 12 meses, além do 1% de reajuste real.

Pelo que senti a categoria estava disposta a aceitar o parcelamento da reposição, só não concorda com a proposta do Executivo, de pagar 3% em maio, na folha de junho e os outros reajustes apenas para novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, sempre com pagamento no mês seguinte.  Ou seja, das cinco parcelas, três seriam pagas pelo próximo prefeito, que até pode ser Napoleão. Ou não.

Em entrevista rápida nesta manhã para o jornalista Rodrigo Vieira, na rádio Nereu Ramos, o secretário de administração Roni Wan Dall garantiu que a negociação está aberta. Deve ganhar tempo até junho, pelo menos, para sentir a reação da categoria e da Justiça.

Segue a proposta apresentada pela Prefeitura: 3% na folha de maio, 2% em novembro, 2% em dezembro, 2% em janeiro e 1,83% em fevereiro.

 

1 Comentário

  1. Mais uma greve política e sem resultados. Em meus 24 anos de carreira no serviço público afirmo sem medo de errar que o prefeito Napoleão foi o melhor entre todos seus antecessores na relação com os servidores municipais.
    Já no primeiro ano do mandato dobrou, isso mesmo dobrou o número de dirigentes sindicais liberados para o exercício do mandato no sindicato: eram 3, agora são 6.
    Estabeleceu uma fila em ordem cronológica para recebimento da licença-prêmio que até então era paga somente aos “amigos do rei” independentemente do vencimento.
    Estará pagando, embora de forma parcelada, todo o INPC do período.
    Está pagando 1% de ganho real em 2014, 2015 e 2016 o que representa 3,03% de ganho real nos salários.
    Está pagando 6,09% ref a avaliação de desempenho de 2001 negada pelos seus antecessores.
    Está pagando 30% de periculosidade negada por seus antecessores aos agentes de vigilância.
    Aprovou o ranqueamento na tabela salarial de várias categorias, privilegiando os menores salários e corrigindo injustiças do plano de carreira implantado pelo seu antecessor.
    E, finalmente, tirou da gaveta, discutiu com a categoria e aprovou na Câmara o PCCSS – Plano de Carreira, Cargos e Salários dos Servidores da Saúde.
    Penso que qualquer prefeito, em ano eleitoral e concorrendo à reeleição, gostaria sem dúvida nenhuma de reajustar os salários dos servidores em uma única vez, sem parcelamentos.
    Foi traído pela conjuntura econômica e ainda conta com a intransigência de dirigentes sindicais preocupados em fazer oposição usando novamente a categoria dos servidores como massa de manobra.

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