Servidor Alexandre Pereira presta depoimento na CPI que investiga o vice-prefeito

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Pivô das denúncias contra Jovino Cardoso Neto (PSD),  Alexandre Pereira trouxe poucas novidades durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito nesta terça-feira, 14. Pereira, cargo comissionado lotado no gabinete do vice-prefeito, prestaria serviço no sítio da família de Jovino, localizado no Salto Weissbach, segundo a denúncia do vereador Jefferson Forest, também relator da CPI.

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Alexandre Pereira confirmou a amizade de longa data com Jovino, mas negou prestar serviço na propriedade particular. Gerente de apoio na Prefeitura, funcionava como um faz tudo durante as visitas do vice-prefeito à comunidade, principalmente na função de motorista.

Jefferson trouxe o vídeo exibidos nas redes sociais que mostra Alexandre Pereira afirmando trabalhar no sítio. Ele, na condição de testemunha, negou, afirmando que esperava Jovino no sítio e atendeu os dois assessores do relator imaginando serem estudantes da FURB, como se apresentaram e se preocupou em ajudá-los na “pesquisa” que afirmaram estar fazendo.

O advogado dele era Denio Scotini, até pouco tempo Procurador Jurídico do parlamento. Ou seja, o servidor deve ter “café no bule” para arcar com os custos do Denio, bastante conhecido no meio jurídico e político. Perguntei se o advogado de Jovino, Carlos Roberto Pereira, era do mesmo escritório e me disseram que não.

Mas pareciam bastante articulados na defesa. No vídeo abaixo, quando Jefferson Forest questionou o registro da presença nas catracas da Prefeitura do servidor, Denio segurava no braço da “testemunha” e Carlos Roberto trocou de lado na mesa, indo para o lado do colega advogado.

Os dados apresentados pelo relator apontam que Alexandre Pereira registrou presença depois de cerca de 20 dias depois de ser efetivado e que apenas em 20 vezes há o registro dele nas famosas catracas da Prefeitura, isso em cerca de nove meses de trabalho.

São duas respostas: ele entraria pela garagem e na maioria das vezes prestava serviço externo.

Sem muita novidade, fica uma lição deste episódio, numa intervenção do advogado e depois do próprio Alexandre Pereira.

Lá pelas tantas  Denio Scotini pediu uma “questão de ordem”, lembrando que “cargo comissionado não bate cartão nem aqui e nem na Prefeitura”.

O servidor falou mesma coisa durante a conversa que teve comigo ao final do depoimento: “..sempre entrei pela garagem, para não bater ponto..”, “…eu não preciso, só efetivo…”. Confira:

 

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*