Segundo OMS, pico de transmissão do novo coronavírus ainda não foi atingido no Brasil

Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foto: Christopher Black/OMS

Michael Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde, disse nesta segunda-feira, 1º de junho, que o Brasil foi um dos países com o maior aumento do número de casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Além disso, afirmou que o país está entre aqueles que não chegaram ao pico da transmissão.

Dos 10 países que reportaram mais casos nesse período, afirmou Ryan, 5 estavam nas Américas: Brasil, Estados Unidos, Peru, Chile e México.

“Os países que tiveram os maiores aumentos, entretanto, foram Brasil, Colômbia, Chile, Peru, México, Bolívia”, disse.

O diretor de emergências demonstrou preocupação em particular com o Haiti, “por causa da fraqueza inerente no sistema [de saúde]”, disse.

“Existem outros países nas Américas em que os sistemas de saúde também são fracos”.

Ele pontuou, ainda, que há respostas diferentes à pandemia em cada país da região.

“Nós vemos muito bons exemplos de países que têm uma abordagem do governo inteiro, da sociedade inteira, baseada na ciência, e vemos em outras situações uma falta e uma fraqueza nisso”, disse.

Ryan também afirmou que a situação da pandemia na América do Sul está “longe de ser estável”, e que não acredita que a região tenha chegado ao pico da pandemia. Ele pediu solidariedade aos países da região.

“Há muitas semanas, o mundo estava muito preocupado com o que aconteceria no sul da Ásia ou na África, e, até certo ponto, a situação nesses dois cenários ainda é difícil, mas é estável. Claramente, a situação em muitos países da América do Sul está longe de ser estável. Houve um aumento rápido de casos e aqueles sistemas [de saúde] estão sofrendo cada vez mais pressão”, declarou.

Ele também falou de fatores como a pobreza urbana contribuírem para que a região seja a principal zona de transmissão do vírus hoje.

“Eu certamente descreveria que a América Central e a do Sul, em particular, com muita certeza se tornaram zonas de transmissão desse vírus hoje. E eu não acredito que chegamos ao pico dessa transmissão. E, neste momento, eu não posso prever quando vamos chegar”, completou.

“Mas o que nós precisamos, sim, fazer é mostrar solidariedade aos países da América Central e do Sul. Precisamos ficar com eles, fornecer o apoio que pudermos para ajudá-los a superar esse vírus, como fizemos coletivamente para países em outras regiões. Esse é o momento de ficarmos juntos e não deixar ninguém para trás”, disse.

As informações são do G1

1 Comentário

  1. Brasil está melhorando colocação.
    Estávamos na 22° posição em n°de mortos por milhão de habitantes. Agora estamos em 23°.

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*