Representante de movimento feminista ocupa tribuna Livre da Câmara e se posiciona contra o armamento de professores

Foto: Denner Ovidio/CMB

Michele Borges Greco, representante do Movimento Feminista 8M Mulheres em Luta por Vida Digna, ocupou a tribuna livre na sessão desta terça-feira (6) para expressar o repúdio do Coletivo sobre a proposta de oferecer porte de arma para professores. A proposta surgiu em maio, após a chacina ocorrida numa creche na cidade de Saudades, no oeste do Estado.

Disse que a política de segurança pública passa, necessariamente, pela construção de uma sociedade justa e igualitária, exigindo do estado investimentos em segurança e em muitas outras áreas, a fim de reduzir as desigualdades.

“A prevenção à violência passa pela ampliação e qualificação de políticas e direitos. Precisamos de professores com formação qualificada e remuneração que lhes garanta uma vida digna. Precisamos de políticas públicas nas áreas de cultura, esporte e lazer. Não se combate a violência armando a população, flexibilizando o acesso à posse e ao porte de armas”.

Ela ainda citou pesquisas que comprovam a ineficácia da premissa de que a população armada combate a violência. “Estudos indicam que porte de arma aumenta chances de mortes acidentais, ou causadas por brigas domésticas e de trânsito”, acrescentou.

Lembrou que o Brasil é um país com altos índices de violência doméstica, sendo as mulheres as maiores vítimas, e considerou que armar a população é “um verdadeiro tiro no pé”. Explicou o conceito de feminicídio e apontou que nos seis primeiros meses do ano foram registrados 20 feminicídios, sem contar a subnotificação.

Ao final, ressaltou que o armamento nunca será a solução para o combate à violência, e afirmou que sonha com uma sociedade em que os professores sejam devidamente imunizados, tenham remuneração justa e a certeza de que há políticas que garantam o aprendizado de crianças e adolescentes.

Fonte: CMB

1 Comentário

  1. A proposta de armar os professores é do mesmo vereador que quer isentar IPTU para templos e igrejas , projeto politiqueiro e de interesse .Os blumenauenses estão pessimamente representados na Câmara , salva-se 01 ou 02 vereadores , o resto , bom , o resto é o resto , dando carteirassos e arquitetando nos bastidores .

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