
Os problemas ocorridos no começo do ano letivo em Blumenau repercutiram bastante na sessão desta terça-feira, 11, entre os vereadores. Em especial, os referentes às merendas, mas outras situações, como obras inacabadas, salas sem ar condicionado e estruturas inadequadas, entraram na pauta.
Não houve falta de merenda, mas em muitas unidades houve uma força tarefa envolvendo outros servidores, como diretores, professores, coordenadores, que ajudaram a servir as refeições.
Pelo menos cinco vereadores usaram a tribuna para criticar. Jean Volpato (PT),Adriano Pereira (PT), Professor Gilson (União), Bruno Cunha (Cidadania) e Bruno Win (Novo) se manifestaram.
Os parlamentares do PT e Professor Gilson foram os mais contundentes.
Outros cinco saíram em defesa da atual gestão.
Flávio Linhares (PL) parece que estão querendo agourar, o governo Egidio está fazendo um esforço para normalizar o serviço. O vereador Ito (PL) também se manifestou, em defesa da administração Egidio Ferrari (PL). “Criticar é fácil, atirar pedra é fácil, é preciso passar a limpo a educação e isso o prefeito está fazendo.”
Diego Nasato também saiu em defesa da administração, mas diz que existia “uma forte tendência de irregularidades, aquilo que vem de ruim da gestão anterior tem que ficar na gestão irregular.”
O vereador Bruno também reconheceu o que considera um esforço da atual gestão, alfinetou o governo Mário, do qual ele era base. “Tinha um mito que na gestão anterior tudo estava às mil maravilhas”, afirmou.
Tudo que está acontecendo tem origem na gestão passada na secretaria de Educação, que era comandada pelo vereador Alexandre Matias (PSDB), que ficou até janeiro e saiu depois do problema com o contrato da merenda. Colega de todos os parlamentares, ele não esteve presente na sessão.
O atual governo herdou o problema, esta buscando solução, mas deveria saber o que estava ocorrendo , já que manteve no cargo o secretario de educação .
Na sessão de 11/02/25 o ex secretario não de educação e vereador não se fez presente, onde poderia ter esclarecido o que esta ocorrendo,visto a ação judicial impetrada pela Risotolândia, que mostra aumentos excessivos no custo da merenda, inclusive com repasse no período que não havia aulas.
Mas o que mais nos chamou a atenção foi que nenhum , nenhum vereador citou o nome do ex secretário de educação , sequer mencionaram seu nome em qualquer fala ou falaram da ausência em plenário . O que nos da o direito de “imaginar” que estão “protegendo” o ex secretario e atual vereador. Lembrando que 11 dos atuais vereadores estavam em mandato em 2024 , período dos fatos e continuam em 2025, o que nos traz a luz que também são responsáveis , visto que uma das prerrogativas do vereador é FISCALIZAR os atos do executivo . A maioria dos vereadores atuais eram base aliada da gestão Mario Hildebrandt, desta sorte, devem responder a sociedade sobre o que ocorreu com os aditivos pagos a Risotolândia , principalmente o vereador Alexandre Matias , pediu exoneração do cargo dias antes de vir a tona o ocorrido com os aditivos da Risotolândia , que só veio a público após o atual prefeito cancelar o contrato .
Situação lamentável e gravíssima . Exerci o cargo de Secretário Municipal de Educação (1997 a 2000) e, nesse período, a alimentação escolar e dos CEIs era pública , com cozinheiras concursadas e com produtos da agricultura familiar. Desde a gestão Kleinubing, que privatizou a merenda escolar, temos uma precariedade na alimentação das nossas crianças . Hora da Câmara de Vereadores abrir uma CPI e buscar a responsabilização dos envolvidos.