“Precisamos ser mais analógicos com as nossas famílias”, diz Jorginho Mello em reunião com lideranças na capital federal

Foto: Eduardo Valente/Secom

“Eu estive com o prefeito Mário na creche momentos depois do ataque e nós enfrentamos uma situação jamais vista em toda a nossa vida. Tomara que nenhum dos senhores nunca passe por isso, foi uma dor gigantesca”, disse o governador Jorginho Mello (PL), depois de cumprimentar as autoridades presentes na reunião convocada pelo presidente Lula (PT) com lideranças do Poder Judiciário, do Congresso e governadores para discutir medidas de segurança para escolas. O encontro foi motivado depois do massacre na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no dia 5 de abril.

Jorginho Mello elencou as respostas dadas pelo Governo do Estado. Destacou a ação de criar um Comitê Permanente de Operações Integradas em Santa Catarina, reunindo representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa do Estado, Tribunal de Justiça, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Bombeiros e a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, além da participação da Federação dos Prefeitos e da União dos Vereadores de Santa Catarina. O conselho tem o objetivo de criar medidas para evitar a violência no ambiente escolar e na sociedade em geral e terá 90 dias para produzir um encaminhamento a ser adotado em Santa Catarina.

A intenção é discutir as medidas que serão colocadas em prática de forma imediata e de médio e longo prazo. “Uma das decisões que tomamos é colocar um policial da reserva em todas as escolas da rede estadual para fazer a segurança dos alunos e professores. E agora precisamos avançar nas discussões e nos recursos para garantir essa segurança nas creches, escolas municipais e particulares”, reforçou o governador.

Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, deverão ser empenhados cerca de R$ 70 milhões por ano para o pagamento dos salários dos servidores do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública. O governador solicitou ao ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e ao presidente Lula, que seja prorrogada a  Desvinculação das Receitas dos Estados e Municípios (DREM). “Isso é para que a gente consiga 5% a mais desse valor da DRU (Desvinculação das Receitas da União) para fazer frente a essa contratação”, explicou Jorginho. A DREM possibilita a desvinculação de 30% de receitas estaduais e municipais correntes para proporcionar maior liberdade aos gestores públicos na utilização de tais verbas. Em Santa Catarina, os recursos desvinculados são usados para pagamento da dívida pública.

Para fechar a sua fala na reunião, o governador defendeu o endurecimento dos mecanismos de fiscalização e controle sobre as redes sociais, mas pediu aos pais participem mais do dia a dia dos seus filhos. “Precisamos ser mais analógicos com as nossas famílias, voltar as atenções para dentro das nossas casas. Os pais precisam dialogar mais com os filhos, conferir o que tem na mochila das crianças e se aproximar mais deles.”

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