Partido Novo e Patriota de olho em Luciano Hang e a repercussão da coletiva do dono da Havan

Foto: divulgação

O comandante do 10º BPM, Jefferson Schmidt, coordenador regional do Patriota 51 no Vale do Itajaí, e Rodrigo de Souza, vice-presidente estadual do Partido Novo, acompanharam o “anúncio político” de Luciano Hang, dono da Havan, nesta sexta-feira, 5, em Brusque.

Os dois vieram ouvir o que o empresário tinha para falar, até por entenderem que a postura de Hang teria alguma afinidade na sigla que militam. Foram como “pessoa física”, sem representar oficialmente as legendas das quais fazem parte.

Cheguei a pensar, antes da coletiva, que Luciano Hang poderia anunciar a filiação no Novo. Rodrigo garantiu que não houve conversa sobre isso, apesar da afinidade de ideias do empresário com as do partido e vice versa.

Sobre o Patriota, não dá para desvincular a imagem da sigla com o deputado federal Jair Bolsonaro, filiado ao PSC, que ainda não definiu se ingressa ou não na sigla. Em seu discurso, Luciano defendeu por duas vezes que, em alguns casos, é preciso ser radical mesmo, fazendo alusão a Bolsonaro, sem citá-lo.

Foi muito questionado sobre em quem votaria/apoiaria para presidente e lá pelas tantas saiu-se com esta: “não voto em candidatos de partidos de esquerda e nem em candidatos populistas.”

Chamou a atenção a repercussão da entrevista coletiva na mídia e , em especial, nas redes sociais dos veículos de imprensa.

O Informe Blumenau fez a transmissão ao vivo pelo Facebook , que teve um alcance de quase 150 mil pessoas, cerca de 500 comentários e quase 350 curtidas.

Nos comentários, as posições amo ou odeio. Pessoas ligadas a partidos de esquerda tentando desqualificar o empresário, por conta de condenações que ele teve referente a década de 1990, por crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas, crimes estes prescritos. Já muitos defendiam a postura do dono da Havan, vinculando o sucesso da empresa com um eventual sucesso na política.

Ou seja, Luciano Hang conseguiu o que queria com a entrevista coletiva. Criou uma fato político – e novo -, que pode alterar o tabuleiro eleitoral de 2018 em Santa Catarina.

1 Comentário

  1. Esquisito esse “anúncio político” do Sr. Hang. Parece mais alguém se colocando a disposição para o pleito eleitoral e que vai aguardar convites para filiação em partidos.
    Se assim for, já começa errado.
    Acredito que o candidato deve ter uma ideologia e buscar um partido que venha de encontro com a sua. Aguardar três ou quatro convites, mostra que o possível candidato quer escolher o partido que lhe dará as melhores condições de eleição. Entendo que assim, a princípio, o Sr. Hang quer o melhor pra si e não àqueles que quer representar.
    Já os partidos interessados buscam o “puxador de votos” ou o efeito “Tiririca”.

    Só para corrigir, Alexandre. É ex-comandante do 10º Batalhão do BPM. Acho que como comandante da PM ele não pode presidir partido político. Ou pode?

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