Opinião: Holocausto – 77 anos desde a libertação

Nesta quinta-feira, dia 27 de janeiro, é celebrado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Essa data foi criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005. A data marca a libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, que era considerado o pior e mais terrível complexo do regime nazista durante a 2ª Guerra Mundial.

Foram seis milhões de pessoas mortas. Eram judeus, opositores do regime, pessoas com deficiência, homossexuais e outras minorias presas nos campos de concentração que serviam também para o trabalho forçado. Uma verdadeira tragédia. Imensurável. Entendo que esse dia tem como principal objetivo trazer uma reflexão, em especial, sobre as consequências da intolerância, além de estimular e despertar o respeito por todas as raças, diferenças e crenças.

É óbvio que Hitler não agiu sozinho. Seus mandamentos, ordens e imposições contaram com o apoio, fidelidade, obediência e a indiferença de muitas e muitas pessoas. É muito estranho pensar sobre isso. Ver os vídeos, fotos e documentos sobre o Holocausto na internet dá uma sensação de vazio, de falta de fé, de falta de amor. Corpos empilhados, malas, roupas, calçados jogados fora. Faziam o ser humano de lixo. Como se nada fossem.

Mas o que mudou desde então? A gente vive muitas situações parecidas ainda hoje e tantas vezes não nos manifestamos e nem ao menos nos indignamos com o que ocorre. Há ainda muita gente – pessoas do mundo todo – fugindo de guerras, perseguições sofrendo ataques e discriminação. Por que deixamos isso acontecer?

A intolerância mata todo dia alguém bom. Nós precisamos ser corajosos, denunciar e não deixar com que os discursos de ódio ou a incompreensão das escolhas políticas e religiosas de alguém coloquem pessoas contra pessoas. É preciso, sim, lembrar do passado. Como disse o Papa Francisco “recordar é uma expressão de humanidade, recordar é sinal de civilidade, é condição para um futuro melhor de paz e fraternidade. Recordar é também estar atentos porque essas coisas podem acontecer outra vez”. Que possamos refletir sobre esse fato da nossa história e que a dor dos outros seja um combustível para buscarmos o bem!

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