ONG “Mães Pela Diversidade” realiza ato público contra homofobia, transfobia e bifobia

Imagem: divulgação

A ONG Mães Pela Diversidade – Núcleo Blumenau, com apoio da Comissão de Diversidade e Gênero da OAB realiza nesta terça-feira, das 12 às 13h30m, na praça do Teatro Carlos Gomes, o ato público contra a homofobia, transfobia e bifobia.

O objetivo é combater o preconceito e crimes contra a população LGBTQIA+ e dar visibilidade ao Dia Internacional de Combate da Homofobia, com a distribuição de flyer com informações sobre quais órgãos que podem ser acionados em caso de cometimento do crime. Estima-se que 10% da população de Blumenau seja LGBTA+ e estas pessoas e suas famílias merecem ter cidadania plena, circular e trabalhar na cidade sem que sejam vítimas de preconceito.

A manifestação é garantida pela Lei Municipal nº 7302, de 17 de junho de 2008, criada pela ex-vereadora Maria Emília de Souza, que institui a “Semana de Luta Contra a Homofobia” no município de Blumenau.

Depois do ato as mães do Núcleo Mães pela Diversidade usarão o espaço da Tribuna Livre na Câmara de Vereadores, às 14h30m. para falar sobre a entidade e suas causas.

Números da violência no país

O Brasil responde por 44% dos casos letais de homofobia no mundo. De acordo com o Dossiê de Mortes e Violências contra a LGBTIA+ divulgado semana passada, a cada 28 horas uma pessoa morre vítima de preconceito sexual – só em 2021foram 316 pessoas e os grupos mais violentados foram os homens gays, representando 45,89% do total (145 mortes); e as travestis e mulheres trans, com 44,62% dos casos (141 mortes) no território nacional.

Acredita-se que estes números sejam maiores, já que este tipo de violência ainda não é criminalizado por lei – apenas protegida por equiparação, pelo STF. Outra dificuldade é que a maioria dos boletins de ocorrência não especificam a LGBTQIA+ como discriminação sexual. semana passada aponta ponta que 90% das travestis e transexuais brasileiras se prostituem porque são negados pela família, possuem dificuldades de manter estudos e obter emprego e, em consequência, a expectativa de vida é de apenas 35 anos, contra 74 para o resto da população.

“Nossos filhos não são números ou percentuais. São pessoas com direitos que devem ser assegurados para que não sofram privações e humilhações diárias, desde não poder andar de mãos dadas em público, dificuldade para adotar crianças e obter emprego”, avalia Rosane Martins, no Mães pela Diversidade.

O Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e a Bifobia é comemorado no dia 17 de maio e tem como objetivo coordenar eventos internacionais que aumentem a conscientização sobre as violações dos direitos LGBTQIA+ e estimulem o interesse pelo trabalho pelos direitos LGBT em todo o mundo. Os atos e protestos acontecem em 132 países. Todas as pessoas são convidadas para o ato na luta contra o preconceito no ato público na praça do Teatro Carlos Gomes, no dia 17, das 12 às 13h30m.

Fonte: Assessoria

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