O que esperar da segunda metade da gestão Mário Hildebrandt

Foto: PMB

Assim como todos os prefeitos reeleitos, o de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), está de aviso prévio, tem data para deixar a Prefeitura. Dia 31 de dezembro de 2024.

Ainda faltam dois anos, mas conheci casos de gestores que simplesmente foram largando de mão na segunda metade do segundo mandato. Sem eleição no horizonte para disputar, se acomodavam no cargo a espera do tempo passar.

Se conheço o estilo de Mário Hildebrandt, isso não deve acontecer.

A cidade está um canteiro de obras e a minha maior expectativa é que elas terminem, o que já seria muito. Há uma dúvida sobre os recursos do Plano 1000 para mais de 25 serviços que estão em execução e isso é um eventual problema a ser considerado.

O Centro de Convenções, que demorou anos para iniciar e começou a passos de tartaruga, precisa estar concluído. A Prainha, cuja revitalização vira e mexe empaca por conta das empresas vencedoras das licitações, tem que terminar. Já nem sonho com a revitalização completa da Margem Esquerda, na região central de Blumenau.

Assim como não sonharia mais com a municipalização do SESI. Se vier, com a garantia dos recursos do estado para a reforma e principalmente para a manutenção, podemos sonhar, mas caso contrário devemos deixar numa gaveta. É importante, mas não prioridade.

Assim como a parte final dos recursos para a obra na pista do aeroporto Quero Quero, obra importante para a economia da cidade, mas de pouco impacto para a vida da população.

As obras no corredor estrutural Sul são fundamentais para desafogar uma das regiões com o trânsito mais comprometido. Precisam terminar, assim como o encantado Terminal Oeste, na reta final dos trabalhos.

Torço para que a atual gestão desate nós históricos, como a concessão da rodoviária e a modernização da área azul, esta mais encaminhada.

A estrutura de saúde precisa estar mais equipada. Blumenau optou por não construir UPAs ou coisas do gênero, mas sinalizou que pudesse avançar em alguns ambulatórios, com equipamentos e parceria para exames urgentes.

A educação deu um salto de qualidade, em especial, com a queda na fila de espera para vagas em CEI.

Certamente estou esquecendo de outras obras e realizações importantes para a cidade, que estão em curso ou nas planilhas.

Mário Hildebrandt foi reeleito em 2020, num contexto de pandemia, por larga vantagem. Tem uma uma administração bem avaliada, mas não é mais candidato. Tem a missão de tentar fazer seu substituto, hoje a atual vice, Maria Regina Soar (PSDB). Não é tarefa fácil, na história recente de Blumenau nenhum prefeito conseguiu emplacar seu sucessor.

Apesar das obras, sinto que a população quer um “plus” dos gestores, algo diferente, que toque realmente na vida das pessoas. Muita gente entende que obras e serviço são obrigações dos administradores, o que, em parte, não deixa de ser.

Hildebrandt, que faz um mandato realizador, vai ter que trabalhar para descobrir este diferencial e emplacar sua sucessora e garantir um espaço político importante para 2026.

1 Comentário

  1. Convenhamos, a grande maioria das obras iniciadas pelo Mário Hildebrand está pela metade e as que acabaram tem péssima qualidade. São soluções para problemas momentâneos e nunca pensando no futuro.
    A redação fala bem quando diz que o blumenauense quer uma administração que faça algo diferente, impactante. Cidades vizinhas a Blumenau, e outras um pouco mais longe, se modernizam e crescem com sustentabilidade, enquanto Blumenau fica nessa de construir ponte ao lado de ponte.
    Blumenau precisa de gente nova nessa prefeitura… menos comissionados e mais profissionais…

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