O cerco se fecha contra o chefe da Casa Civil do Governo de SC

Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL

Nos bastidores é dada como certa a exoneração nas próximas horas do chefe da Casa Civil do Governo de SC, Douglas Borba, inclusive com especulações de outros fatos que podem acontecer.

A situação de Douglas piorou depois do depoimento voluntário do ex-colega, ex-secretário de Saúde Helton Zeferino, ao GAECO, a força especial do Ministério Público. Zeferino confirmou o que a servidora Márcia Pauli, superintendente do Departamento de Compras da Secretaria de Saúde afastada, disse para a ND, de que a negociação com a Veigamed partiu do chefe da Casa Civil.

A Veigamed foi a empresa que vendeu 200 respiradores por R$ 33 milhões, dinheiro pago a vista, antes de receber os equipamentos que ainda não chegaram.

Além disso, o ex-secretário falou que Douglas Borba tinha ação direta em todas as negociações. Vale lembrar que, no processo de montagem do Hospital de Campanha em Itajaí, com um custo de mais de R$ 77 milhões, a empresa vencedora tinha como representante legal um amigo do responsável pela Casa Civil. O negócio acabou não saindo, por conta da repercussão negativa.

Tantas evidências fizeram alguns deputados estaduais, entre eles Laércio Schuster (PSB), pedirem a saída dele do Governo na sessão de hoje da Assembleia Legislativa.

O governador Carlos Moisés (PSL) atenuou as acusações na transmissão desta quarta-feira. “O papel é do chefe da Casa Civil é fazer com que as coisas rodem no Governo, é o elo dentre o governador e os secretários”, disse Moisés., garantindo que tudo está sendo investigado.

“Cabe ao Governador aguardar o levantamento de tudo o que acontece”, afirma Moisés invocando o famoso caso da Escola de Base de São Paulo, quando os responsáveis foram acusados de abusos contras crianças, fato que nunca se confirmou, mas que deixou sérias consequência para os proprietários.

Esta é a palavra oficial, mas nada impede que Douglas Borba se auto-ejete do Governo, para evitar ainda mais constrangimentos.

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