Manifestações contra o governo Bolsonaro têm baixa adesão

Foto: CNN Brasil/Reprodução

As manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que ocorrem neste domingo, 12, em várias capitais e cidades do país tiveram baixa adesão.

Os atos, que começaram durante a manhã e se estenderam pela tarde, pedem o impeachment de Bolsonaro e cobram por mais vacinas contra a Covid-19.

Sob o mote “Fora Bolsonaro”, os protestos estavam previstos para 19 capitais. As articulações em torno das movimentações para os protestos deste domingo começaram em paralelo à organização das manifestações de 7 de Setembro, que foram a favor do presidente.

Os protestos são organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelos grupos Vem Pra Rua e Livres. A articulação atraiu o apoio de políticos de direita, de centro e de esquerda, mas ainda divide a oposição.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e outras legendas de esquerda não aderiram aos protestos deste domingo e organizam outros atos contra o governo. A direção do PT já anunciou uma manifestação contra Bolsonaro para 2 de outubro.

Além de líderes do MBL, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), anunciaram participação nos atos o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS), os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Tabata Amaral (sem partido-SP), e João Amoedo, que foi candidato a presidente pelo Novo em 2018.

Na Avenida Paulista, em São Paulo, os manifestantes começaram a se concentrar nas imediações do Museu de Arte de São Paulo (Masp) às 11h.

Segundo levantamento do Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo (Copom), aproximadamente 6 mil pessoas participaram da manifestação na Paulista até o meio da tarde.

Nos atos do 7 de Setembro, o Copom havia estimado a presença de 125 mil manifestantes pró-Bolsonaro. Em termos comparativos, o público presente neste domingo representa 5% do total do ato governista.

Por volta das 15h, a Paulista se dividia entre três grupos, que carregavam bandeiras e faixas contrárias ao governo. O grupo principal está reunido no Masp e usa camisetas brancas. Outros estão espalhados em outros pontos da avenida – a manifestação divide espaço com pedestres e turistas que caminham na Paulista fechada para carros.

A Polícia Militar (PM) destacou 2 mil policiais do efetivo para reforço no esquema de segurança na região. Políticos de diferentes espectros compareceram ao ato da Paulista ainda nesta tarde, entre eles o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Para Doria, o Brasil se transformou em um “país isolado politicamente” devido às investidas de Bolsonaro contra líderes da China, Argentina, Alemanha e Estados Unidos. “Temos que resgatar um país que tenha seriedade”, opinou.

O governador também elogiou a decisão da executiva nacional do PSDB em classificar o partido como oposicionista ao governo federal. “Não há como ser neutro diante de um governo negacionista e incompetente”, disse Doria.

O ex-ministro Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT em 2018, compareceu ao evento paulistano e discursou brevemente aos presentes sobre eventuais discordâncias entre membros da oposição a Bolsonaro.

“É claro que temos olhares diferentes sobre o futuro do Brasil, mas o que nos reúne, e é o que deve reunir toda a nação civicamente sadia, é a ameaça da morte da democracia e do poder da nação brasileira”, afirmou Gomes.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), que deixou o governo nos primeiros meses da pandemia do coronavírus, também compareceu ao ato.

Em um breve discurso, Mandetta voltou a criticar o presidente em relação às políticas de combate ao coronavírus: “Bolsonaro teve todos os poderes para coordenar a pandemia, deu maus exemplos e adiou o quanto pode a compra de vacinas porque tinha motivações obscuras”, declarou.

Em Brasília, o ato tem a participação de aproximadamente 100 pessoas, que se concentraram próximas à Biblioteca Nacional. O grupo carregava faixas de apoio ao impeachment e cobrava o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de analisar um dos pedidos protocolados contra Bolsonaro.

No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram em Copacabana, na zona sul, ao lado de um carro de som a partir das 10h. No começo da tarde, o ato já havia sido encerrado.

Os presentes utilizaram camisas brancas e pretas, além de empunharem bandeiras e cartazes. Um carro de som foi usado no protesto. O objetivo, segundo os organizadores, era a defesa a democracia. Além do apoio ao impeachment de Bolsonaro, havia também cobrança por mais vacinas contra a Covid-19.

Demais atos pelo Brasil

Em Salvador, Manaus e Belo Horizonte, os atos aconteceram a partir das 8h, mas também já estavam dispersos no começo da tarde. Protestos também foram convocados em Florianópolis, Curitiba, Goiânia e São Luís.

Na capital mineira, o ato ficou concentrado na Praça da Liberdade, região central, e foi encerrado por volta de 12h50. Manifestantes carregavam bandeiras de partidos políticos e cartazes contra o governo – um carro de som também esteve no local. Atos também foram convocados em Florianópolis, Curitiba e Goiânia.

Já na capital paranaense, os manifestantes se reúnem na Boca Maldita, região central da cidade, usam roupas brancas e carregam bandeiras contra o governo Bolsonaro. Por volta das 16h, os manifestantes continuavam no local.

Em Porto Alegre (RS), o ato contrário ao governo começou por volta das 15h, na Avenida Goethe. Os movimentos sociais que aderiram ao protesto tinham lideranças revezando para discursar em dois carros de som que foram colocados para a manifestação.

Fonte: CNN Brasil

2 Comentário

  1. Em suma: um fiasco!

    A Foice de São Paulo continuará dizendo que o candidato deles se elegerá em primeiro turno.

    Somos todos idiotas?

  2. Joao Amoedo do NOVO junto com a turma do PT contra Bolsonaro, de NOVO não tem nada …..so mesmo rindo . KKKKKKKK

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