Escalada de tensão não pode comprometer a Democracia

Faltando quatro dias para a votação no segundo turno, a tensão na disputa nacional chega a níveis alarmantes que ameaçam a nossa Democracia. Mas ela é e precisa ser soberana e a população precisa estar atenta a factoides que parecem preparar o terreno para uma eventual derrota do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Há muito o presidente e seus aliados tentam desmoralizar o processo eleitoral, com questionamento injustificáveis ao funcionamento das urnas eletrônicas, tecnologia brasileira que é exemplo mundo a fora. Além do mais, ataques contra decisões do Poder Judiciário – que não está imune a críticas, mas dentro dos limites da legalidade e da democracia -, com agressões e ameaças.

O caso recente de Roberto Jefferson, aliado do presidente Bolsonaro, é um exemplo de como coisas podem sair do controle. Mesmo atirando com fuzil e granadas contra Policiais Federais, que cumpriam uma medida judicial, Jefferson saiu escoltado com o aval do Ministro da Justiça e protegido pela capa presidencial, como se houvesse alguma defesa para o que o “dono” do PTB fez.

A controvertida ação contra a Jovem Pan, que estimula a narrativa de censura, precisa ser dimensionada e reduzida ao seu tamanho e contexto. Qualquer censura é lamentável, mas não é censura quando se tenta dar equilíbrio ao que é falado em uma meio de comunicação social que nada mais é que um panfleto presidencial, disseminando fake news e campanha negativa contra o adversário Lula (PT).

A estapafúrdia denúncia agora de que que rádios do nordeste provocaram um boicote coletivo nas inserções da campanha de Bolsonaro não se sustenta, mas alimenta a narrativa. Caso isso tenha realmente acontecido no nível do que está sendo apresentado, seria, antes de nada um atestado de incompetência da candidatura presidencial, que não teria fiscalizado como devia. A empresa “fiscalizadora” – que é de Santa Catarina – não presta este tipo de serviço e a denúncia conhecida até agora mostra inconsistências gritantes.

E se cria um clima que todos estão mancomunados com o PT e contra Bolsonaro. E uma narrativa que vimos o que deu na eleição dos Estados Unidos, culminando com uma violenta e bizarra invasão ao capitólio.

Eleição não é selvageria, nunca foi no Brasil. É uma disputa, onde o eleitor é soberano, o que a maioria decidir precisa ser acatada, mesmo que o seu, que o meu candidato não seja o eleito. Se a maioria quis, faz parte do Jogo e é preciso dar um voto de confiança, pois afinal, o que todos queremos é o melhor para o nosso país. Se não for bom, em quatro anos se troca novamente.

Mas no voto e não com mentiras e denúncias descabidas. O que estamos vendo agora, partindo da campanha do candidato à reeleição, diz muito sobre o que devem estar vendo nas pesquisas internas.

Eleição não se ganha no grito. O país tem que sair maior deste processo eleitoral, independente do vencedor.

 

 

 

3 Comentário

  1. A escalada da tensão começou quando soltaram o ladrão, chefe de quadrilha, ex-presidiário, descondenado e cachaceiro.
    Para disputar o cargo mais importando do país.

  2. A tá, o PT e o TSE estão corretos ?
    Jefferson fez o que fez por conta própria , não queiram dizer que foi o presidente.

    Lembrando que Celso Daniel não cometeu suicídio e a facada em Bolsonaro foi de um lobo solitário.

  3. Sr. Alexandre.
    Tenho a certeza que vocês estão apavorados com a virada que as urnas vão confirmar. Não adiantou cortar as propagandas de Bolsonaro nas rádios.
    Agora o “careca” vai fazer de tudo para criminalizar a situação mas já é tarde.
    Mais quatro anos com Nosso Presidente Bolsonaro

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