Entrega de relatório da CPI da Covid é adiado

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, informou neste domingo (17) ao g1 que a leitura do relatório final da comissão foi adiada.

A leitura estava marcada para a próxima terça (19) e, segundo Renan, ainda não há nova data definida. De acordo com o relator, a decisão de adiamento foi do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). À GloboNews, a assessoria de Aziz também confirmou o adiamento. O site do Senado já informa a mudança.

“A decisão não foi minha, foi do presidente, senador Omar. E eu concordo. Teremos mais tempo para discutir melhor o parecer e encaminhar melhores soluções. Acho que isso ajudará bastante no debate, dará mais tempo”, afirmou Renan ao g1.

O relator informou ainda que apresentará a versão do relatório ao chamado G7 da CPI, grupo majoritário da comissão, antes de submeter o documento ao plenário. A GloboNews apurou que a reunião acontecerá nesta segunda (18).

“Se tiver um dia a mais [para a leitura], é muito melhor do que um dia a menos. Porque vou ter mais tempo para conversar com os companheiros e construirmos convergência e avançarmos para o que o resultado da comissão, o seu parecer, interprete o que ali se apurou e também o sentimento nacional”, declarou Renan em entrevista à GloboNews.

A TV Globo apurou que o relatório final da CPI da Covid deve pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 11 crimes na condução da pandemia.

Também devem ser responsabilizados filhos do presidente, ministros e ex-ministros, funcionários e ex-funcionários do governo, deputados e médicos. No total, deve propor que 63 pessoas sejam indiciadas.

Os senadores interrogaram 59 pessoas na condição de convidadas, testemunhas ou investigadas.

Em seis meses de trabalho, assessores do Senado, policiais federais, auditores da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União ajudaram a analisar dados fiscais, bancários e telefônicos, mensagens apreendidas em celulares, e-mails, telegramas diplomáticos, contratos e outros milhares de documentos de domínio público e sigilosos.

Nas mais de mil páginas do relatório, Renan Calheiros deve afirmar que:

  • o governo manteve um gabinete paralelo para dar suporte a medidas na área de saúde contra as evidências científicas;
  • trabalhou com a intenção de imunizar a população por meio de contaminação natural, a chamada imunização de rebanho;
  • priorizou o tratamento precoce sem eficácia comprovada;
  • agiu contra a adoção de medidas não farmacológicas, como o distanciamento social e o uso de máscaras;
  • deliberadamente, atuou para atrasar a compra de vacinas.
Fonte: G1

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