A legislação eleitoral tem muitas contradições e uma delas diz respeito as desincompatibilizações. Ao mesmo tempo que secretários e diretores que ocupam postos na administração municipal ou estadual precisam deixá-los entre seis e quatro meses antes para concorrerem no pleito, neste a ano para Prefeitura e Câmara de Vereadores, quem tem mandato pode seguir exercendo durante a campanha eleitoral.
Vale para todos os vereadores candidatos à reeleição, prefeito, vice e deputados. Mas, para eles, ainda existe a prerrogativa de licenciar-se do cargo durante a disputa, mas é raro.
Em Blumenau, o deputado estadual Egidio Ferrari (PL) e a deputada federal Ana Paula Lima (PT) anunciaram pré-candidatura à Prefeitura e devem manter-se no cargo.
Ana vai revezar sua candidatura com as tarefas em Brasília, assim como o deputado Egidio com as da Assembleia Legislativa, pelo menos apuramos isso com as assessorias dos dois. No caso de Egidio, como servidor público, delegado de polícia que é, teria que reassumir sua atividade caso licenciasse do Parlamento.
A vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB) é outra que deverá seguir no cargo para tentar suceder Mário Hildebrandt (PL).
Aposentado, o promotor público Odair Tramontin (NOVO) não terá o ônus de explicar sua licença remunerada nas duas últimas campanhas.
Campanha desproporcional, já que quem não ocupa cargo eletivo não vai ter a mesma condição .
Quem possui cargo na administração , assembleias e senado , deveriam deixar os cargos para poder concorrer .
Mas no Brasil , isto não vai ocorrer , simplesmente porque dignidade não esta na política. Já sei , vai vir alguém e dizer que esta na lei , é legal , sim , mas é imoral .