Depois de Zeferino, deputados miram em Douglas Borba

Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

Depois de moerem Helton Zeferino, que em seguida pediu demissão na semana passada depois da enxurrada de criticas e denúncias que recebeu, os deputados estaduais miram em Douglas Borba, secretário da Casa Civil. Foi assim na sessão desta quarta-feira, 06.

Além da gravidade das suposições relacionadas aos negócios do Governo para combater a pandemia, tem um outro componente.

Diferente dos militares Carlos Moisés e Helton Zeferino, Douglas é político e a Assembleia é uma arena num cenário onde o Governo está totalmente desarticulado, sem defensores. A deputada Paulinha (PDT), líder do Governo, e Ricardo Alba (PSL), aliado de primeira hora, já não fazem uma defesa mais veemente e assinaram a CPI que vai investigar a compra dos respiradores suspeitos.

Três parlamentares – Ada de Luca (MDB), João Amin (PP) e Laércio Schuster (PSB) – cobraram na sessão desta quarta-feira o afastamento imediato do secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba. Para Ada de Luca, Borba já deveria ter sido afastado antes, diante do que chamou de “escândalo do hospital de campanha”. “Acho que nem deveria ter assumido um cargo tão importante no governo”, avaliou.

Segundo a parlamentar, os outros dois servidores envolvidos na compra – Márcia Pauli, ex-superintendente de gestão administrativa, e Helton Zeferino, ex-secretário de Estado da Saúde – declararam ter havido pressão da Casa Civil na decisão da compra. “O Borba veio a público dizer que era tudo mentira, que nada teve a ver com o caso. Mas, na mesma entrevista, disse que tudo passa pela Casa Civil. Isso não passou?”, questionou.

O deputado João Amin classificou o caso como “uma novela ou série em que cada capítulo ou episódio é pior do que o outro”. “Se o Douglas Borba não sair ou for mandado embora, vai sangrar o governo Moisés por muito tempo. Hoje, no Jornal do Almoço, só não se viu uma cara de desfaçatez, uma cara de pau, porque estava com a máscara”, disse Amin, numa referência à entrevista do secretário Borba à NSC TV.

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