CPI e pedido de afastamento do secretário de Saúde: os recados da Assembleia para o Governo Moisés

Foto: Alesc

Nesta quarta-feira, a Assembleia Legislativa deu dois ultimatos no Governo Carlos Moisés (PSL), principalmente depois da suspeita compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões pagos a vista. O dinheiro já foi, os equipamentos ainda não vieram e a negociata cheira mal.

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) conseguiu emplacar uma CPI para investigar a mal explicada compra, fato que não conseguiu ser explicado nem pelo governador e nem pelo secretário Estadual de Saúde na transmissão feita no horário do almoço de hoje.

Antes mesmo da sessão virtual desta tarde, Naatz já havia reunido 19 assinaturas favoráveis. Levada ao plenário virtual na sessão do dia, o requerimento lido pelo presidente Julio Garcia , teve a adesão maciça dos demais deputados participantes totalizando 37 votos de apoio, 13 a mais do que o mínimo necessário de 14 parlamentares, o que mostra a gravidades das acusações e a falta de base do governador.

Depois da publicação do requerimento com a aceitação dos parlamentares no Diário Oficial da Assembléia Legislativa,será fixado o prazo de até duas sessões ordinárias para indicação dos membros pelas bancadas e blocos parlamentares, respeita a proporcionalidade partidária. O prazo dos trabalhos de apuração da CPI é de 120 dias.

“Há fortes indícios de fraude, um absurdo ,não pode ser alegado erro técnico diante um valor de R$ 33 milhões . Há provas robustas nos documentos do governo que terá a responsabilidade de desconstituí-las, é mais grave do que parece , um absurdo”, resumiu Naatz .

Já a Comissão Especial criada para fazer o acompanhamento das contas do Governo nestes tempos de pandemia, presidida pelo deputado Marcos Vieira (PSDB), pediu o afastamento imediato do secretário Helton Zeferino. A negociação suspeita foi feita pelo departamento de compras da secretaria de Saúde.

“Houve fraude no sistema administrativo do estado para poder pagar antecipadamente. E isso é crime”, ressaltou Marcos Vieira, sobre o pagamento antecipado.

A batata do governador começa a assar no parlamento. A do secretário já queimou.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*