Conselho de Bem Estar Animal de Blumenau discute caso da cachorra Aline

Foto: Eraldo Schnaider/Secom PMB

Não estive na reunião extraordinária do Conselho Municipal de Bem Estar Animal (Combea), realizada na tarde desta segunda-feira na Secretaria de Saúde. O encontro foi chamado por conta da eutanásia praticada pelos veterinários do Cepread na cachorrinha Aline, fato que comoveu a comunidade e gerou uma grande repercussão nas redes sociais.

Foto: Eraldo Schnaider/Secom PMB

As protetoras independentes não compareceram. “Pra escutar o Luis não reconhecer o erro? Vamos provar na justiça o que acontece”, afirmou uma delas.

Luis, no caso, Luis  Carlos Kriewal, é o presidente do Conselho e também diretor de Bem Estar Animal, responsável pelo Cepread. Foi ele que comandou a reunião desta segunda, onde explicou os procedimentos deste caso, adotado por três veterinários. Se as protetoras independentes não foram, representantes de ONGS que trabalham a causa animal estavam lá. E de uma certa forma concordaram com o que ouviram.

Segundo material da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, “Kriewall disse que o processo foi conduzido em consonância com as legislações federal, por meio da Resolução Nº 1.000/2012, que dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais, e municipal, por meio da Lei Complementar Nº 1.054/2016, que instituiu o Código de Proteção e Bem Estar Animal de Blumenau”.

Segue o release:

“Diante dos esclarecimentos, os conselheiros presentes, entre os quais representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV/SC), da Hachi Ong – Proteção Animal, da Associação de Proteção Animal de Blumenau (Aprablu), da Fundação do Meio Ambiente (Faema) e do curso de medicina veterinária da Furb, concordaram com os procedimentos e métodos utilizados com base em aspectos estritamente técnicos, e prestaram apoio ao trabalho realizado pelos profissionais do Cepread.”

Por fim, no material oficial, “além da sindicância aberta pela Prefeitura para apurar as circunstâncias do ato, o Combea iniciará as tratativas para viabilizar e dar celeridade ao processo de identificação e cadastramento dos animais domésticos do município e reforçará as campanhas educativas sobre posse responsável”.

Talvez a minhas interlocutoras – protetoras independentes – tenham razão. O pessoal do Cepread acha que não errou. Buscou um animal no meio de uma tarde e imediatamente fez a eutanásia, sem ter um mínimo de sensibilidade para esperar uns dias para ver se a família aparecia.

Sabe que o problema foi, além de uma desumanidade, falta de comunicação e a superlotação do local, fato admitido pelo responsável pelo Cepread.

Quarta-feira tem protesto em frente à Prefeitura, 12h30. As protetoras dos animais e outras pessoas promete fazer barulho.

Mais informações sobre este triste caso, você confere aqui.

4 Comentário

  1. A cidadã “proprietária” da cadelinha, assim que sentiu falta da mesma,
    poderia imediatamente ter entrado em contato com o Cepread tbém.

  2. E a câmara de vereadores de Blumenau não se pronuncia??
    Cade os defensores da causa animal?
    Cade a fiscalização que é parte integrante das funções do legislativo????
    Do livro brandaram aos quatros cantos do Brasil….e agora srs vereadores…????
    Ah … esqueci…devem estar sendo “orientados” pelo executivo ……….
    VERGONHA…VERGONHA…
    E nós contribuintes otários é que pagamos as contas..

  3. Se adotou o animal tinha a obrigação de cuidar do mesmo. Porque não procuraram pelo animal logo que sentiram a sua falta? Porque culpar os outros pela sua Irresponsabilidade . Acho que todos cometeram erros, mas o Cecread não é responsável em correr atrás de donos Irresponsáveis.

  4. Concordo com os leitores Raul e Pensador (falta o nome) , se adotou que cuide e seja responsável.

    O CEPREAD é um cabide de empregos , como a maioria das secretarias e autarquias .

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