Apple e Google anunciam monitoramento para combater pandemia

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os conglomerados de tecnologia Google e Apple, dos Estados Unidos, anunciaram uma iniciativa conjunta de rastreamento de pessoas para ser utilizada por governos para monitorar os fluxos de circulação de pessoas como forma de controle da disseminação da pandemia do novo coronavírus.

A tecnologia vai envolver interfaces de programação de aplicação (APIs, na sigla em inglês) no nível de sistemas operacionais para facilitar que aplicações de autoridade de saúde possam utilizar os dados dos smartphones para medir o fluxo de pessoas. O Google é o detentor do sistema operacional Android e a Apple, do iOS, concentrando quase a totalidade de smartphones do planeta.

Os apps oficiais de governos poderão ser baixados nas lojas (Play Store do Google e Apple Store da Apple).

Para além disso, as duas empresas informaram que trabalham em uma iniciativa de rastreamento de pessoas utilizando a tecnologia bluetooth (aplicada em diversas soluções, como para conectar aparelhos em caixas de som). A ferramenta permitirá mapear quem entrou em contato com pessoas infectadas para subsidiar estratégias de contenção da disseminação do vírus.

Com esse projeto, será possível integrar mais usuários a esse ecossistema, incluindo as autoridades de saúde. O comunicado conjunto das duas empresas não detalhou como esse sistema funcionará.

Google e Apple têm acesso à quase totalidade dos 5,2 bilhões de smartphones existentes em todo o planeta por meio de seus sistemas operacionais. Para além disso, o Google controla o maior mecanismo de busca, de mesmo nome, utilizado por bilhões de pessoas, a maior plataforma de vídeo, o Youtube (2 bilhões de usuários), e o maior servidor de e-mail, o Gmail (1,5 bilhão de usuários).

Já a Apple é uma das maiores fabricantes de telefones celular do planeta, além de outros dispositivos, como computadores, serviços de TV por demanda, agregadores de notícias e conteúdo próprio.

Privacidade

A Associação de Liberdades Civis dos Estados Unidos (ACLU) se manifestou por meio de suas redes sociais ponderando que a iniciativa precisa demonstrar como vai assegurar a privacidade dos cidadãos, ou não terá efetividade. “A informação não pode ir para um governo ou para qualquer companhia e a escolha de usar ou não esse sistema deve ser inteiramente nossa”, defendeu a entidade, em sua conta no Twitter.

As práticas de monitoramento dos cidadãos vêm sendo adotadas já no Brasil e levantam preocupações de autoridades e pesquisadores na área de privacidade e proteção de dados.

“Drone falante”

Um “drone falante” começou nesta quarta-feira, 15, a sobrevoar áreas do Rio de Janeiro para conter o avanço do coronavírus.

O equipamento, com um alto-falante acoplado, trará uma mensagem para que cariocas fiquem em casa ou, na necessidade de sair, respeitem a distância de dois metros.

“Atenção! A Prefeitura do Rio pede que todos evitem aglomerações! Elas facilitam o contágio do novo coronavírus! Por favor, respeitem o distanciamento social! Protejam a sua saúde e a das outras pessoas”, repete o drone.

Também nesta quarta a Prefeitura do Rio passa a rastrear sinais de celulares para tentar evitar aglomerações.

As informações são da Agência Brasil e G1

 

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