Ainda sobre a eleição do Senado. E da Câmara também

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem um único mérito nesta largada de Legislatura. Desbancou um dos ícones do que temos de mais perverso na política nacional, o nefasto Renan Calheiros (MDB-AL).

Mas é só. A trajetória de Davi Alcolumbre até hoje e a estratégia que adotou, quebrando regras e legislando em causa própria, não podem nos inspirar confiança de que agora as coisas serão melhores. Ficou três mandatos como deputado federal e é alvo de investigação da PF, barrada pelo Supremo.

Rodrigo Mais (DEM-RJ) foi reconduzido para o terceiro mandato como presidente da Câmara, ou seja, está longe de representar a mudança que embalou a narrativa da última campanha eleitoral.

O que vimos nas sessões iniciais da duas casas que formam o Congresso Nacional foi uma repetição do que acompanhamos ano após ano, mandato após mandato. Conchavos, desrespeito da legislação, votação fraudulenta, bizarrices, demagogia em extremo e interferência do STF marcaram a eleição, em especial no Senado.

O Governo usou sua força, assim como em todas as esferas políticas – com exceção do governador de SC Carlos Moisés (PSL), que preferiu não interferir na disputa da Assembleia Legislativa. Construiu uma ponte com um futuro adversário eleitoral em 2022, Rodrigo Maia, e criou uma liderança para fazer sombra a ele no DEM, no caso Davi Alcolumbre.

A eleição no Congresso terá impacto direto em SC, leia aqui.

 

 

 

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