O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou decreto nesta quinta-feira (20) que retira as tarifas de 40% sobre alguns produtos agrícolas vendidos pelo Brasil.
Estão incluídos na lista carne e café, produtos importantes da pauta exportadora brasileira. Ao todo, são mais de 200 itens agrícolas e da pecuária, incluindo alguns fertilizantes à base de amônia.
Em comunicado, Trump cita a conversa que teve por videoconferência com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O republicano afirma que ouviu opiniões de outras autoridades no sentido de que as tarifas não são mais necessárias porque “houve progresso inicial nas negociações com o governo do Brasil”.
Um dos motivos para a decisão dos americanos foi a alta da inflação no país, pressionada por itens como alimentos.
O café, por exemplo, acumula alta de cerca de 20% em relação ao ano passado nos EUA, segundo dados do CPI (índice oficial de inflação do país). Em 2024, o Brasil exportou US$ 1,96 bilhão em café para os Estados Unidos, sendo o maior fornecedor no período, segundo dados da International Trade Administration, órgão vinculado ao Departamento de Comércio americano.
Desde que as tarifas de 50% entraram em vigor em agosto, no entanto, as vendas de café despencaram, segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Em outubro, a retração foi de 54,4% em relação ao ano passado.
Para Marcos Antonio Matos, diretor-geral do Cecafé, a decisão permite que o Brasil recupere o espaço perdido nesses meses. “Os próprios torrefadores [americanos] lutaram e muito pela reconquista da isonomia para os cafés brasileiros. A gente está agora em pé de igualdade, é o que a gente sempre quis”, afirmou.
A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) diz que celebra a retirada das sobretaxas sobre a carne bovina. A entidade diz que a reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira.
“A medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo. A Abiec seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença do Brasil nos principais mercados globais.”
A Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham) afirmou que a derrubada da sobretaxa sinaliza um resultado concreto do diálogo entre Brasil e Estados Unidos.
“A medida representa um avanço importante rumo à normalização do comércio bilateral, com efeitos imediatos para a competitividade das empresas brasileiras envolvidas”, disse.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, disse que a decisão de Trump é um avanço na renovação da agenda bilateral entre EUA e Brasil.
“Vemos com grande otimismo a ampliação das exceções e acreditamos que a medida restaura parte do papel que o Brasil sempre teve como um dos grandes fornecedores do mercado americano”, afirmou.
Alban também ressaltou a atuação do setor privado nas negociações do Brasil com os EUA. Como mostrou a Folha, o empresário Joesley Batista, um dos donos da gigante de carnes JBS, foi recebido em audiência por Trump, e a própria CNI foi a Washington com representantes de diversos setores para negociar a derrubada das tarifas com o governo americano.
O anúncio do governo americano foi celebrado por petistas e integrantes do centrão no Congresso, sobretudo pelo impacto positivo para o agronegócio. O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse que a decisão “confirma a força da diplomacia ativa do governo Lula, que trabalha com diálogo, respeito e inteligência estratégica”.
“É preciso reconhecer: embora os passos dados pelos EUA sejam muito positivos, o processo está longe de terminado. Persistem tarifas que atingem segmentos estratégicos e reduzem o potencial de expansão do nosso agro no maior mercado consumidor do planeta”, disse.
Integrantes da oposição, por sua vez, evitam creditar às autoridades brasileiras a nova redução de tarifas. De acordo com eles, trata-se de uma decisão tão somente para atender interesses comerciais dos Estados Unidos, que querem reduzir os preços.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que, se fosse resultado das ações diplomáticas do governo Lula, teria sido anunciado ao lado de Mauro Vieira na semana passada. “Só interesse americano. Zero aproximação com o governo brasileiro. Trump está defendendo os interesses do país dele”, disse.
O empresário Paulo Figueiredo, que atua ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, usou o mesmo argumento. “Trump simplesmente retirou as tarifas de alguns produtos brasileiros (como já tinha feito anteriormente) em busca da redução de preços domésticos —em alguns setores onde os EUA não são competitivos”, disse.
Fonte: Folha de São Paulo





É claro que era interesse americano retirar as tarifas, nem deveriam ter colocado, isso é ”ponto pacífico desde o início”. A forte pressão inflacionária sobre o café (nenhum outro fornecedor de arábica conseguiria suprir no mundo as demandas dos EUA), e o hamburguer americano (o baratinho, que o povão come, é feito com carne brasileira), entre outros produtos importantes para economia deles.
BURRICE MESMO FOI TER COLOCADO AS TARIFAS!
Sem dúvida umas inutilidades que nunca ganharam dinheiro na iniciativa privada, como o garotinho Rubio, que parece que tem (segundo o próprio Trump) características similares as do ”menino bananinha”(exatamente essas), sem dúvida por aconselhamento errado advindo deste ”garotinho Rubio”, o Trump que de bobo não tem nada, entrou nessa furada.
Mas, caiu na real, retirou as tarifas. Fez média com o Lula, sim fez (PENSEM), o importante para ele é quem está no poder (detesta perdedores/frouxos), e que tem grandes possibilidades de ser reeleito. O Brasil é importantíssimo para ”segurança alimentar do mundooooo”, estudem criaturas, por favor, um pouquinho pelo menos. Talvez até com a retirada do tarifaço, nós não consigamos suprir toda a demanda americana, visto boa parte de nossa produção ter sido ”redirecionada”, para outra partes do mundo, e com relativa facilidade. ERRO ESTRATÉGICO PRIMÁRIO DOS ASSESSORES DO TRUMP! SÃO BEM SIMILARES AOS DO EX MANDATÁRIO BRASILEIRO, MAS DEIXA PARA LÁ, PASSOU AQUI, UFFAAAA.
Agora, é só o Sidônio Palmeira fazer o que ele faz bem, e pronto, catar os lucros. CONTABILIZAR OS GOLAÇOS QUE O CAMISA 10 DO LULA FEZ!
Convenhamos, o Dudu Bananinha, deve ter um amor oculto pelo octogenário, ou é isso, ou ele é ”burrooooo demaisssss’, não é? Qual alternativa os fãs dele e da família linda, maravilhosa, trabalhadeira, e que agora está querendo vir ”trabalhar” todinha, e exatamente ”desta maneira inteligente” pelo nosso estado, digam qual alternativa vocês vão escolher?
Prof. Dr. Luciano Kneip Zucchi.