Projeto Pescar se adapta à nova realidade durante a pandemia

Foto: divulgação

A crise na saúde mundial trouxe também uma palavra de ordem: reinventar. Empreendimentos se adaptaram, profissionais autônomos precisaram descobrir outras formas de trabalhar, a rotina em casa e os momentos de lazer se tornaram diferentes. E o mesmo aconteceu com projetos sociais. O Pescar, por exemplo, realizado em Blumenau pela Fundação Fritz Müller (FFM) em parceria com o Rotary Club de Blumenau – Garcia e com a TranspoTech Empilhadeiras, passou por um processo de mudanças e desde o dia 17 de março é conduzido de forma virtual.

“O principal objetivo do Projeto Pescar é capacitar jovens em situação de vulnerabilidade social para o acesso ao mundo do trabalho, através de estímulo ao desenvolvimento pessoal e qualificação profissional. O cenário que atravessamos tem sido bastante significativo, visto que nos reinventamos e estivemos presentes buscando a evolução e a educação desses jovens mesmo num momento adverso.”, comenta Camila Cunha, da área de Responsabilidade Social da FFM.

As aulas online são diárias, tanto com a educadora social quanto com os voluntários. Até agora, as aulas foram focadas no desenvolvimento pessoal e cidadania, com temas como autoconhecimento, relacionamento, família, saúde, comunicação e trabalho em equipe, mesmo com isolamento social. “Nesse sentido o Projeto Pescar tem sido importante para amenizar o impacto emocional e psicológico trazidos pelo contexto da crise na saúde. Além disso, existe a preocupação em continuar atendendo as necessidades básicas dessas famílias que são abraçadas pela iniciativa”, completa Camila.

Os participantes recebem mensalmente cestas básicas com alimentos e outros itens de necessidade para o enfrentamento da pandemia, como álcool em gel, máscaras e materiais escolares. Um outro benefício, em função do ensino à distância, é a disponibilidade de internet, através de crédito no celular dos jovens que não a possuem, para que eles consigam acessar o conteúdo do projeto.

Segundo Camila, a necessidade neste momento é de voluntários para o ensino dos temas de desenvolvimento profissional, como empreendedorismo, finanças, gestão de pessoas, contabilidade, logística, entre outros. Os voluntários podem ser professores, empresários que queiram falar sobre suas experiências, especialistas na área de negócios. “A pandemia trouxe desafios com relação à participação dos voluntários. Sabemos que nem todo mundo se sente confortável com ferramentas digitais, por exemplo. Nós damos todo o suporte que for preciso para levarmos as informações aos jovens. Estamos abertos às possibilidades de expertises que possam contribuir com conhecimento aos alunos”, explica.

O Projeto

O Projeto Pescar existe há 44 anos e está presente em 10 estados do Brasil e em países como Argentina, Paraguai e Angola, na África. Por ano, mais de 31 mil jovens são capacitados pela iniciativa.

Este ano, 21 estudantes entre 16 e 19 anos estão participando do projeto em Blumenau, que consiste em aulas teóricas e práticas. “Além de promover a iniciação profissional desses jovens, com a aprendizagem técnica, a grade proporciona temas interdisciplinares de desenvolvimento pessoal e cidadania, possibilitando aos jovens tornarem-se protagonistas de suas histórias”, diz Camila.

Fonte: Trevo Comunicação

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