Procuradoria vai investigar denúncia de propina para Paulo Bauer

Foto: Senado

Poucos dias depois de divulgar uma nota onde comemorava a revogação, pela Procuradoria Geral da República,  do acordo de delação premiada firmado com um diretor da empresa Hypermarcas, que envolvia seu nome, o ex-senador Paulo Bauer sofreu um um revés divulgado pela imprensa nacional.

O jornal O Globo teve acesso à investigação da PGR sobre o pagamento de propina da empresa Hypermarcas a Paulo Bauer, atual secretário especial da Casa Civil, muito próximo do ministro Ônix Lorenzoni (DEM) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo O Globo, depois de quebrar os sigilos telefônicos dos envolvidos, a PGR teve acesso a trocas de mensagens entre o então assessor de Paulo Bauer, Marcos Moser, e Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas.

“Nesse mesmo dia, em 01/10/2014, Marcos Moser questionou a Nelson Mello se pode alterar o contrato para 1,5 mi, no que é dado o ‘Ok’ pelo colaborador”, relatou a PGR.

“As mensagens eletrônicas demonstram que, quando celebrados para favorecer Paulo Bauer, os contratos fictícios firmados para ocultar transferência de vantagens indevidas ao parlamentar investigado tiveram por supostas contratantes a Ycatu Engenharia e Saneamento Ltda., o Instituto Paraná de Pesquisas e Análise de Consumidor Ltda e a Prade & Prade – Advogados Associados”, afirmou a PGR.

Na nota divulgada pelo ex-senador no dia de 5 de junho, ele diz: “sempre tive a convicção de que minha total inocência seria comprovada” e  que a decisão da PGR de arquivar a delação do executivo da Hypermarcas, “comprova que fui vítima de atitudes de alguém que nada mais é do que um criminoso.”

Pois é. Segue a nota oficial do ex-senador.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE
Em março de 2018  uma “notícia bomba” quase arruinou minha vida pessoal e trouxe graves prejuízos à minha vida política e pública. O assunto mereceu destaque dezenas de vezes em algumas das colunas políticas mais lidas em nosso estado. A notícia de que os fatos seriam investigados, maculava minha história política e minha idoneidade pessoal. Manchetes anunciavam que eu teria me beneficiado financeiramente em troca de favores prestados a uma empresa paulista como Senador da República. Mencionavam que usei desses recursos também na campanha ao governo do estado em 2014 e não os contabilizei.
Até a presente data nada foi comprovado; nenhum processo foi instaurado; não fui formalmente acusado por qualquer ato relacionado às acusações, pelo Poder Judiciário.
Sofri pessoalmente; gastei com serviços de advocacia; muitas vezes me senti envergonhado perante minha família e meus filhos; sofri prejuízos políticos incalculáveis e vivi a tensão psicológica que me “roubou” muitos dias, semanas, talvez anos, de saúde e felicidade.
Tudo isso aconteceu em razão de uma “delação premiada” feita por um diretor de uma grande empresa paulista que me acusou de fatos e procedimentos que não pratiquei.
Sempre confiei na justiça e sempre tive a convicção de que minha total inocência seria comprovada. Ontem a Procuradoria Geral da República-PGR decidiu REVOGAR o acordo de delação premiada firmado com aquele diretor. A decisão se baseia no fato de o mesmo ter mentido, não ter revelado atos ilegais que praticou e por isso ter usado da omissão para se proteger das penalidades legais às quais estaria sujeito.
A matéria do jornal O Estado de São Paulo, que transmito abaixo confirma essa informação. Precisarei conviver por muito tempo com esse assunto mas, permito-me registrar que essa decisão da PGR comprova que fui vítima de atitudes de alguém que nada mais é do que um criminoso.
Agradeço aos meus grandes e verdadeiros amigos, à minha família e principalmente àqueles catarinenses que confiaram na minha manifestação de inocência desde o primeiro momento e aos eleitores que me confiaram seu voto nas eleições de 2018.
Agradeço também ao Ministro Onyx Lorenzony e ao Presidente da República Jair Bolsonaro que, a despeito dos fatos me confiaram  o comando da Secretaria Especial da Casa Civil para o Senado Federal contando com meu trabalho, lealdade e atuação no Palácio do Planalto.
Fraterno Abraço a todos!
PAULO BAUER”

1 Comentário

  1. “…muitas vezes me senti envergonhado perante minha família e meus filhos…”

    Hilário seria, se trágico não fosse!

    Não sei por quê invariavelmente desconfio de político quando o dito repele “com veemência” ou fala em “vergonha”, ou seja, ter vergonha.

    Eu tenho vergonha, paulinho bauerzinho, eu tenho vergonha na cara…

    Se tu tens, não saberia eu dizer…

    Questão de consciência… Tu tens consciência?

    O teu psdb (assim em letras o mais minúsculas possíveis) é um LIXO, paulinho bauerzinho, pequenininho e apequenado!

    Alcino Carrancho,

    o Com Vergonha na Cara!

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