Os psicopatas, a visibilidade, o papel da imprensa e de todos nós

Foto: reprodução

É difícil entender as razões que levam uma pessoa a cometer o massacre como o desta quarta-feira em Blumenau. Mas o exibicionismo, um exibicionismo macabro, é um deles. Querer chamar a atenção, se destacar na massa, aparecer, sem se importar qual a forma.

Por isso, é preciso refletir sobre a visibilidade que uma pessoa que comete atrocidades deve ganhar. Esta pessoa precisa ser estudada, investigada pelas forças de segurança, mas deve ter sua identidade, e principalmente rosto, exposto o mínimo possível.  Por isso, pessoas, como esta que matou quatro crianças e feriu outras cinco numa creche de Blumenau, deve estar nas sombras e não nos holofotes.

Uma imagem do autor do crime, num elevador, se exibindo em frente ao espelho, é emblemática. Mostra um ser vaidoso, exibido, o que não é um problema necessariamente. Mas exibir esta imagem depois do massacre era tudo que ele podia querer, na mente perturbada dele.

Esta imagem dele no elevador, assim como a dele preso, circularam pelas redes sociais e pela imprensa, dando a notoriedade que o criminoso desequilibrado queria. E o pior, estimulando outros psicopatas vaidosos e desequilibrados a tentarem a mesma fama.

Dois importantes veículos de  imprensa nacional, o Estadão e a Globo, anunciaram mudanças na cobertura deste tipo de crime, não mais citando e nem mostrando o criminoso.

É um reflexão, não é consenso, vale também para casos de suicídio. Mas precisa ser feita.

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