Os políticos catarinenses e a execução de duas pessoas

O que aconteceu com a vereadora Marielle Franco e o motorista dela Anderson Gomes, em março de 2018, foi uma execução. Ela era do PSOL, mas não importa. Podia ser de qualquer sigla ou nem ser política. Foi um crime bárbaro e que tem a ver com um contexto de estado paralelo, que são as milícias cariocas.

A busca pelos assassinos e as razões para o crime nunca foram buscadas a fundo pelas autoridades durante quase cinco anos e o tema foi politizado ao extremos.

Seis anos depois, com novo Governo e nova postura na investigação por quem faz este trabalho, a Polícia Federal, três os acusados de mandar matar Marielle foram presos. Um diretor de polícia do estado do Rio, um conselheiro do TCE e um deputado federal.

O deputado federal em questão, Chiquinho Brazão, eleito pelo União Brasil, é figura carimbada dos meios políticos e policiais. Era vereador, colega de Marielle, na época do crime.

Nesta quarta-feira, seus pares da Câmara dos Deputados votaram pela autorização ou não para de que um acusado pelas autoridades policiais, respaldadas pelo Poder Judiciário, fosse mantido na condição de prisão preventiva. Tudo por ser um deputado federal.

Mas, o pior, são os pares dele, não a maioria, que votaram para que respondesse em liberdade. Muitos catarinenses.

A disputa começou na CCJ, presidida por Caroline de Toni (PL).  O também catarinense Darci de Mattos (PSD) foi o relator e encaminhou pela manutenção da prisão e foi seguido por Valdir Cobalchini (MDB). Já a deputada Júlia Zanatta (PL) votou contra. O placar final foi de 39 a 25 e levado ao Plenário.

No Plenário, foram 270 votos a favor da manutenção da prisão, 129 contra e 28 abstenções.

Entre os catarinenses, o placar ficou em 8 a 7 pela liberação do acusado.

Para liberar, votaram a favor Daniela Reinerh, Jorge Goetten, Zé Trovão, Júlia Zanatta, Caroline de Toni e Daniel Freitas, todos o PL, além de Geovânia de Sá (PSDB) e Rafael Pezenti (MDB). Pela manutenção da prisão, Gilson Marques (Novo), Ismael dos Santos e Darci de Mattos (PSD), Ana Paula Lima e Pedro Uczai (PT), Fábio Schiochet (União) e Valdir Cobalchini (MDB). Carlos Chiodini não votou.

 

4 Comentário

  1. Jorge Goetten apoio o governo e voltou “SIM” pela volta do DPVAT , imposto para operar a população de menor condição financeira . A esquerda fez destas mortes palco político, acusaram pessoas como o ex presidente de ser o mandante, e agora sabem quem mandou é político de esquerda. Estão tomando do próprio veneno.

  2. Fica difícil de entender o raciocínio do leitor Rubens Serpa. Se, como ele diz, os mandantes são de “esquerda”, por que os deputados do PL votaram a favor da libertação?

  3. Não é difícil entender caro Alcino , os deputados estão discutindo, não votaram pela liberação. Querem votar de forma a evitar que o deputado utilize de argumentos jurídicos e consiga sua liberação . Ele esta preso , se votarem pela soltura é porque encontram na lei argumentos suficientes .
    Os deputados de direita não são como os canhotos , que acusam sem provas , como fizeram com Bolsonaro em respeito a este caso e agora estão tomando do próprio veneno .
    Feike é nome e sobrenome ou alcunha ?
    O informe já publica texto de pessoas que não se identificam com nome e sobrenome ?

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