Opinião: perdeu o demissível

Foto: reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Bolsonaro e Mandetta foram até aqui, os principais atores da crise de saúde provocada pelo novo coronavírus.

De um lado, o presidente e suas teorias mirabolantes, baseadas em uma pseudo-filosofia, negacionista e descolada dos fatos, propositalmente.

Bolsonaro, focado nas eleições de 2022, como sempre fez, repetiu a estratégia do presidente norte-americano, Donald Trump, minimizando a pandemia e se tornando obcecado por uma saída fácil para a crise.

Pressionado por vários setores, foi contrário às medidas do seu próprio ministério. Uma queda de braço surreal.

Do outro lado, o agora ex-ministro, mudou de ideia quando necessário, tentou minimizar a crise – seguindo as recomendações dos órgãos internacionais de saúde – e lidou com as confusões plantadas por aliados e pelo próprio presidente.

Na queda de braço, perdeu o demissível.

Bolsonaro baseou sua decisão no próprio ego, não suportou ser contrariado pelos fatos e por argumentos que ele não consegue entender. Talvez não queira. Demitiu Mandetta pela ameaça da popularidade do ex-ministro.

Somente o Equador, que vive uma crise humanitária, demitiu seu ministro de saúde em meio à pandemia.

Pena que neste Brasil paralelo que Bolsonaro vive, o ministro não possa demitir o presidente.

2 Comentário

  1. Fernando, bom seria de fôssemos um país rico como EUA, França, Alemanha, Inglaterra onde uma maioria ficaria isolada em casa ganhando muito bem né!?
    Isolamento esse, INEFICAZ como provaram os números horrorosos de casos na Europa e EUA!?⚰️
    Cada país tem suas particularidades.
    Aqui, economia-emprego significa vida!

  2. Parabens!!
    Excelente avaliação!
    Infelizmente, vemos a cada dia parecer que nosso posso não tem fundo!!

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