Opinião | O propósito como fator determinante do “sucesso”

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Toda pessoa que inicia no mundo do empreendedorismo tem em mente alguma ideologia, inspiração, meta ou sonho. As pessoas ao empreenderem buscam a mudança de algo que consideram errado ou imperfeito. Há um incômodo. Esse incômodo pode ser concreto, como por exemplo, ganhar mais dinheiro, ter uma casa, ter horários mais flexíveis. Podem ser mais visionários, como criar uma empresa mais humana às quais já tenha atuado, criar um grande produto ou serviço diferente, revolucionar um setor.

Independente do formato dessa inspiração, todas convergem para um forte sentimento de PROPÓSITO. Muito mais que uma vontade, um propósito tem a capacidade de nortear ações. Quanto mais específico este, mais forte, influenciador e motivador ele é. Se um empreendedor quer abrir um negócio para flexibilizar seus horários, ele pode ter a surpresa em descobrir que flexibilizar não é sinônimo de reduzir, e acabará trabalhando, por vezes, mais do que quando era funcionário. Agora, se um empreendedor quer reduzir em 4 horas semanais a atual carga de trabalho, isso se demonstra concreto, e a partir daí, o empreendedor atua com foco nesta meta organizando suas atividades, formando uma equipe, automatizando processos, etc. Até que a partir de um período alcançará essa meta.

Existem PROPÓSITOS de alto e baixo impacto. O propósito mais pragmático normalmente se mostra mais frágil, como no exemplo citado acima. Isso ocorre porque normalmente ele não “alimenta” as forças extras do empreendedor. Não se visualizam cases de empreendedores que criaram grandes negócios (grande de importância e inovação) a partir de uma meta vinculada a trabalhar menos. Isso serve para outros propósitos mais imediatistas como status, ganhar mais, viajar, dentre outros. Mas porque então se vive uma crise de PROPÓSITOS nos negócios? (Sim, pode se dizer que estamos em crise).

Isso ocorre porque mesmo que o empreendedor alcance essas metas estipuladas, ele não se sente satisfeito. Pleno. Pode-se viajar para Paris e o sentimento é de que aquilo nada mais foi que uma diversão momentânea, mesmo sendo o sonho de uma vida.

Quando se falar em propósito, é necessário que o empreendedor imagine algo maior, de como a minha empresa afetará a vida das pessoas que atuam nela. Ou, que contribuição para a inovação da ciência ela trará. Qual melhoria trará para a saúde das pessoas. Uma nova forma de fazer que impacte menos o meio ambiente. O que é preciso são de metas desafiadoras, as quais provoquem a melhoria contínua, tanto da empresa como do empreendedor como profissional. Somente um propósito punjante, mexe com as estruturas humanas. Por isso, grandes “visionários” carregam multidões junto consigo, um dos exemplos mais atuais é de Elon Musk. Ele não quis somente ser bilionário, por meio de suas empresas ele “só quer” tornar a humanidade em uma raça interplanetária!

Mas para que propósitos nos alimentem e não se tornem sonhos vagos é preciso entender que, como citado pelo professor Clóvis de Barros “o filé mignon da vida está na entrega”. Nosso trabalho, nossas empresas, nossas habilidades precisam, de alguma forma, impactar positivamente os outros.

Edenir Assis Leite de Paula Rocha, Mestre em Desenvolvimento Regional e Consultor Empresarial

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