Opinião: O ping pong da política e a brincadeira de João Bobo na população

Uma aproximação entre Geraldo Alckmin (sem partido) e Lula (PT) vem repercutindo nas redes. Na minha opinião, é um namoro político sem química e irracional, mas não é esse o assunto principal da coluna, essa eu deixo pra ti que com certeza já tem uma opinião formada sobre o assunto. Eu quero mesmo é falar dessa romantização e cegueira política que a gente vive. Sempre foi e assim sempre será, é certo, mas essa paixão por um político – já que não vai ter fim – precisa ser dosada.

É lógico que cada um tem suas preferências e simpatias. Eu mesma sempre fui contra o PT e votei no PSDB todas as vezes em que disputou as eleições. Era do tipo militante que saía na defesa dos candidatos. Hoje eu deixo pra fazer isso internamente dentro da sigla que sou filiada e, vez e outra, apresento meus favoritos à um grupo bem seleto ou quando alguém pede a minha opinião. Um dos principais motivos é exatamente pra não ficar mais com essa cara de bobo que a maioria das pessoas anda ficando diariamente.

Infelizmente não somos mais avaliados pelo nosso trabalho ou desempenho, somos taxados e identificados como bons ou maus por conta da nossa preferência política. Antes Geraldo e Lula trocavam farpas e rusgas durante e após as eleições, agora existe até uma probabilidade de uma chapa com os dois para disputar a presidência. Antes o Bolsonaro não sentava pra fazer acordo com o Centrão, agora ele não apenas senta como diz ser do Centrão.

Esse jogo de ping pong na política e de João Bobo na população não para nesses nomes aí. Ele continua. Quando falamos de defender bons projetos, ideias e trabalho é justamente por isso. Enquanto você defende o ciclano e ofende o beltrano, eles estão em sintonia no presente ou no futuro e tudo aquilo que você acreditava cai por terra. Fazer política com paixão deve servir apenas de incentivo na busca do justo, da igualdade e de melhorias para a vida das pessoas. Essa paixão partidária fria e doente a gente deixa para quem tá començando. Isso não é política!

Nossas emoções referentes à política precisam ser dosadas. Pare e pense. Com quantos amigos, familiares e até desconhecidos você brigou e ofendeu em 2021 para defender alguém que não faz por você o que pessoas acima fazem todos os dias? Na ceia de Natal de hoje, dia 24, vai valer a pena brigar com aquele tio que pensa ao contrário para daqui uns dias ou meses você se sentir enganado por aquele político? E, olha, não to dizendo que a política não precisa ser discutida. Ela tem! E tem muito! Mas é discutir política e não geras discórdia PELOS homens e mulheres que ocupam cargo eletivo.

Acredite! Tem gente boa de todo lado e sempre tem alguém buscando fazer o certo dentro da política. Nem todo mundo é corrupto, nem todo mundo se vende, nem todo mundo tá lá pra ganhar dinheiro. Que possamos em 2022 ter mais consciência sobre esse assunto. Por fim, quando você acreditar que na política ninguém mais presta e que todos no fim são iguais, coloque teu nome à disposição do país. Ano que vem é uma ótima oportunidade para participar desse processo.

Feliz Natal!

1 Comentário

  1. gostei. tua preocupação em nao demonizar e generalizar a política, conquanto seja natural por tua condições política, e importante, assim como a de nao conflagrarmos com os proximos por lideranças, no fundo, verdadeirame indiferentes aos q os defendem ingenua e passionalmente, os idolatrando e desconsiderando a honestidade e conhecimento dos próprios amigos e familiares, o q é frustrante e as vezes ofensivo.

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