Opinião: Morus

Aroldo Bernhardt

Professor

 

Thomas More, Thomas Morus ou Tomás Moro foi filósofo, homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis inglês. É considerado um dos grandes humanistas do Renascimento.

Não tivemos a mesma sorte dos ingleses. O Moro que ponteia em nossas plagas, além de não ser humanista, se revelou (ou melhor foi desvelado pelo Intercept) como um vírus ou talvez uma bactéria resistente, fortalecida por parte da mídia oligopolista, que se entranhou no tecido nacional para prejudicar biografias, contribuir para a fragilidade das instituições e corporações nacionais, infectando o país inteiro. A nação encontra-se debilitada, mas está tomando consciência do mal que a atingiu.

O circo de horrores promovido pela corja batizada de Lava Jato me fez lembrar de George Carlin, um nova-iorquino lamentavelmente já falecido, que fazia uma crítica social mordaz, ferina e certeira. Dizia entre outras (muitas) coisas que nós somos todos meros expectadores do espetáculo dantesco que se apresenta à nossa volta.

Falava da sociedade em que viveu, mas quase tudo se aplica ao mundo todo e agora, mais que nunca, ao Brasil. Dizia que “chamam de sonho americano porque você tem que estar dormindo para acreditar”. Pois é, aqui em nossas bandas tupiniquins fazem de tudo para impedir inclusive que o povo sonhe e tenha esperanças.

De fato a cidadania consciente está de luto diante do picadeiro de horrores que está aos seus olhos. Verdadeira hecatombe política, econômica, social e abrangente (por estender influência pernóstica para as demais dimensões da vida humana associada) se refere ao contínuo e sistemático dilacerar da nossa Constituição Cidadã. Mas há esperança.

Outro dia, escrevi, e o artigo foi gentilmente acolhido aqui neste espaço, que um dos fatores que debilitam os conceitos centrais da nossa Carta Magna é o ativismo político e partidário, jamais visto anteriormente, de boa parte do Poder Judiciário, aí incluídos parte do Ministério Público e da Polícia Federal. Deveriam exercer o poder moderador, mas lhes falta comedimento e espírito público.

Capítulo especialíssimo da tragédia foi escrito pela turma que pretendia lavar a honra da pátria, mas que acabou por enlamear instituições e nos cobrir de vergonha e apreensão.

Há infelizmente muito mais. Não se pode perder a oportunidade de levar às barras da Lei, os consorciados da grande mídia que deram respaldo, cobertura e sustância à pantomima criada para ferir a Democracia. Em especial à Globo cujo desserviço ao país vem de muito tempo.

As “organizações” Globo, na década de 1960, por ocasião da luta para instituir o 13º salário, publicou em seu jornal, uma reportagem falaciosa cuja manchete anunciava que as empresas faliriam se esta medida fosse implantada (faliram?). Adiante apoiou o golpe militar e a consequente ditadura e, passados vinte anos, a mesma Globo pediu desculpas por esse “equívoco”.

Contudo tal qual um escorpião (cuja atitude covarde e venenosa se explica por sua natureza), a Globo teve participação no golpe de 2016, apoiou o Temer, brinca de atacar o Bolsonaro (porque quer uma “bocona” na verba publicitária do governo federal) e, por receio de chafurdar na lama “moronariana”, ainda procura defender o ex-Juiz, tapando o sol com a peneira das falácias.

Mas, como quase sempre a mentira tem pernas curtas, o esquema da turma de Curitiba, foi interceptado e aos poucos vai sendo revelada toda a extensão da mancomunação tramada por funcionários desprovidos do indispensável espírito público.

Contrariando o que dizia o supra mencionado Carlin, a nossa gente deixou de ser expectadora e no último dia 14 foi maciçamente às ruas para se posicionar contra os absurdos do Bolsonaro. Não tenho dúvidas de que se o mal praticado pela Lava Jato não for adequadamente reparado e a Justiça restaurada, a voz rouca das ruas se fará ouvir ainda com mais intensidade.

4 Comentário

  1. Circo de horrores é ver um “alienado militante travestido de professor” fazer apologia ao crime!

  2. Parei de ler nas primeiras linhas do segundo parágrafo, tamanho besteira.

  3. Contrariando o que dizia o supra mencionado Carlin, a nossa gente deixou de ser expectadora e no último dia 14 foi maciçamente às ruas para se posicionar contra os absurdos do Bolsonaro. Não tenho dúvidas de que se o mal praticado pela Lava Jato não for adequadamente reparado e a Justiça restaurada, a voz rouca das ruas se fará ouvir ainda com mais intensidade.

    Que me desculpe o “professor “, mas este seu artigo só serve para embrulhar pão com mortadela para alimentar aqueles que estiveram na passeata urrando contra a reforma da Previdência , que até mesmo LULA Ladrão e Dilma disseram ser necessária .A voz rouca das ruas que o professor se refere deve ser a do Lula Ladrão , voz esta que queremos que seja ouvida em um presídio de segurança máxima para o resto do seus dias . Será porque que os esquerdistas tem a memória tão curta ?

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*