Opinião: a morte de um dos maiores entrevistadores do país

Foto: reprodução

Jô Soares, que morreu nesta madrugada aos 84 anos, tinha muitas facetas. Permeou minha infância e adolescência pelos programas de humor, que confesso, fora um ou outro quadro, não gostava muito.

Mas foi quando eu estudava jornalismo, que me encontrei com o melhor Jô de todos. O Jô Soares do Onze e Meia, programa de entrevistas que revolucionou a TV Brasileira a partir de 1988 no SBT. Ali vi as grandes entrevistas da minha vida, as perguntas mais certeiras, a empatia necessária e uma forma de entrevistar que me marcou profissionalmente.

Ele ficou no SBT até o final de 1999 e depois foi para a Globo, com um programa no mesmo formato, até 2016. Na maior emissora do país, não teve o mesmo brilho, apesar de grandes entrevistas. O grande período neste formato, quase 30 anos, saturou e nos últimos anos eu não tinha mais paciência para acompanhar.

Mas tenho este legado, como do artista multimídia, que escreveu livros, peças, participou de filmes, pintava, gostava de música.

Completo. Fará falta.


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