“Não queremos paralisações”, diz Sindetranscol

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Na coletiva de imprensa do Sindetranscol na manhã desta terça-feira, algumas horas depois da paralisação de cerca de quatro horas que pegou milhares de pessoas que dependem do transporte coletivo em Blumenau de surpresa, o assessor sindical Ricardo Freitas comandou novamente a palavra, ele que está há pelo menos dez anos dando as cartas no sindicato.

Troca o comando da diretoria, mas ele permanece, desta feita ao lado do atual presidente do sindicato, Osnir Schmitt, e do assessor jurídico Leo Bittencourt.

E com os mesmos argumentos, que são válidos, mas perdem a razão quando ocorrem paralisações como a de hoje que prejudicam mais os trabalhadores de outras categorias do que a Blumob.

Eles reclamam da “conduta desrespeitosa” da empresa, que não responde as demandas da negociação coletiva, cuja a data base é 1º de julho. Segundo o Sindetranscol, desde 2019 a categoria está sem reposição das perdas salariais e que a reivindicação é esta e não aumento real.

E as discussões passam por questões ideológicas e políticas, com questionamentos sobre o modelo de concessão, caducidade do Consórcio Siga, contrato com a Blumob, o repasse de R$ 24 milhões da Prefeitura para empresa e por aí vai.

“A Blumob não compra um parafuso em Blumenau, é um grupo poderoso, que não tem sede na cidade…”, falou Ricardo Feitas na coletiva, ele que não mora aqui e é de Florianópolis.

Todos assuntos importantes, mas que não podem sobrar para quem depende do serviço.

“O interesse de 800 trabalhadores não se sobrepõe a 100 mil usuários, mas não podemos aceitar…”, foi outra fala de Freitas.

O assessor disse que não haverá novas paralisações hoje e amanhã, no aguardo de alguma manifestação oficial da Blumob. Depois não se responsabilizam. Confirmou que os salários estão em dia.

E por fim, Ricardo Freitas fala que a paralisação de hoje não foi anunciada previamente por questões de segurança. Segundo ele, a preocupação seria com a participação de vândalos e vans clandestinas, o que geraria um problema extra de segurança.

3 Comentário

  1. Grevista profissional esse senhor … quanto deve ganhar para isso?

  2. O que o sindicato fez com os trabalhadores nesta data é digno de represália pelo poder público e pelo ministério público .Efetuar uma paralização sem comunicar o poder público e a sociedade e bem coisa de Sindicato e seus representantes. Neste sindicato tem grevista profissional , que vive do sindicalismo , trabalhar que é bom não quer saber . Onde esta a juiza e a AGIR que obrigaram a PMB desembolsar mais de R$ 24 milhões para esta empresa ?

    Sindicato foi , é e sempre será um dos males deste país .

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