Impasse marca começo da terceira semana de greve parcial no serviço público de Blumenau

Foto: Sintraseb/arquivo

Curiosamente, na terça-feira que marca o começo da terceira semana da greve parcial dos servidores públicos de Blumenau, as peças se movimentaram, finalmente. Mas não saíram do mesmo lugar.

Ou o que pode ser pior, deram um passo atrás.

Explico melhor.

Nesta terça-feira, 18, através de ofício, a Prefeitura apresentou a segunda proposta para os servidores por conta da data base da categoria, em maio. Em vez de pagar toda a reposição da inflação – 5,07% – na folha de janeiro para ser paga em fevereiro de 2020, propôs antecipar 1% para dezembro. O vale alimentação teria a reposição integral na folha de julho. Deveriam ser pagas na folha de maio.

O comando de greve reagiu forte contra a proposta que tanto cobravam, pela forma e pelo valor. E realizaram a segunda assembleia da categoria – com não mais de 400 pessoas – , rejeitando a proposta do Governo.

Sobre o valor, buscam uma antecipação melhor. Recebendo em 2020, os servidores terão prejuízos na remuneração, pela inflação do período, 13º e férias. E os servidores ACTS, alguns que trabalham há bastante tempo no serviço público, não receberão o reajuste.

Sobre a forma, sentiram-se ofendidos pela Prefeitura não apresentar a proposta na Mesa de Negociação e sim através de ofício.

E cobraram a reabertura da Mesa, onde prometeram apresentar uma contra-proposta. Até 19h30 de terça este encontro ainda não estava definido.

Ou seja, muito barulho – de ambas as partes – que causou apenas para um aumento na tensão.

O movimento cresceu, em especial na saúde, com cerca de 25 ESFs fechados, dando um gás na paralisação, cujas lideranças radicalizaram no discurso durante a assembleia, que o Informe Blumenau transmitiu ao vivo. 

Destaque negativo para um dirigente do sindicato dos servidores de Florianópolis, onde recentemente ganharam uma queda de braço com a administração comandada pelo agora prefeito afastado Gean Loureiro (sem partido). Usou termos que caberiam ao prefeito Mário Hildebrandt (sem partido), caso tenha interesse, um processo judicial.

E depois de rejeitar a proposta, novamente os servidores parados subiram ao terceiro andar da Prefeitura, em mais uma ação que, em vez de sensibilizar os servidores que estão trabalhando, acabam apenas constrangendo colegas, mesmo que sejam cargos comissionados.

Tentam intimidar o prefeito, mas erram o alvo e perdem a razão que tem junto a aqueles que deveriam estar sensíveis à causa, afinal, serão beneficiados caso a manifestação desta minoria traga resultados diferentes e melhores que os apresentados pela administração municipal.

Ou seja. Azedou, entornou o caldo, ferrou. A paralisação parcial tomou um rumo perigoso. E tem tudo para avançar mais uma semana, por conta do feriadão de Corpus Christi.

 

 

 

1 Comentário

  1. Dirigente de sindicato e grevista deveriam tornar-se empresários ou prefeitos , só assim saberiam a dificuldade que é administrar algo . Ser do sindicato é fácil , manipulação de massa de manobra e salário todo mês na conta . Porque será que quem entra no sindicato jamais quer largar a “TETA”. Felizmente os sindicatos estão perdendo a força financeira após o governo acabar com a contribuição obrigatória . Falam tanto em facismo , em golpe, em ditadura , mas sempre obrigaram os empregados a pagar mensalidade sindical , até a chegada do Bolsonaro , que acabou com a mamata .

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