
Nesta terça-feira, a Assembleia Legislativa aprovou na CCJ o projeto do Executivo, autorizando a permuta de imóveis do estado com a FIESC em troca do repasse do complexo municipal do SESI à Prefeitura de Blumenau.
Na tribuna, o deputado Ivan Naatz (PL) fez um histórico da mobilização em torno desta municipalização, dando indireta – ou seria uma direta mesmo? – ao ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL), afirmando que ele sempre teria se mobilizado contra a municipalização.
Em vídeo postado nas redes sociais, ele diz: “Os que deram o pontapé inicial, fora o governador Jorginho, que sempre apoiou, sempre trabalharam contra a municipalização”, afirmou, referindo-se à abertura do Sesi no último sábado, para uma partida da série B do campeonato catarinense, entre Blumenau e Metropolitano.
Em seu discurso no parlamento, disse. “Sempre foram contra, não mexeram uma palha, compraram um outro parque – referência ao Parque Artex -, investiram em outras regiões, mas em relação à municipalização do Sesi não fizeram nada”, afirmou Naatz na tribuna, sem citar o nome do ex-prefeito.
Mas, a bem da verdade, a municipalização do SESI tem o DNA do ex-prefeito e agora secretário de Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt. Ele foi o primeiro a perceber a oportunidade pelo interesse da FIESC em se desfazer do imóvel, ainda no governo Carlos Moisés (Republicanos) e depois com Jorginho Mello.
Ivan Naatz ainda disse que a municipalização só saiu pela ação dos quatro deputados da bancada do Vale em 2024. Além dele, Napoleão Bernardes (PSD), Marcos da Rosa (União) e Egidio Ferrari (PL), quando ainda estava na Assembleia Legislativa.
É verdade que a bancada do Vale na Assembleia Legislativa teve papel importante. Ele próprio incluiu uma emenda parlamentar para a compra do espaço, que acabou vindo de forma gratuita. E também promoveu uma audiência pública da Alesc sobre o tema, audiência que aconteceu também promovida pela Câmara de Vereadores.
Com a sinalização de que Jorginho Mello atenderia o pleito do ainda prefeito Mário Hildebrandt, a bancada do Vale destinou uma emenda coletiva da ordem de R$ 5 milhões. Essa emenda foi enviada por parte dos quatro deputados da região para contribuir com a reforma e reestruturação do Complexo Esportivo.
O deputado justificou, por fim, que a tramitação e a votação do projeto de lei do governo foram feitas com agilidade pela Assembleia Legislativa.
Ivan Naatz está certo ao dar visibilidade ao trabalho da Assembleia Legislativa, mas peca, por política, ao querer ignorar a participação de Hildebrandt. Com seus ônus e bônus, é do ex-prefeito a iniciativa.
E também peca ao omitir a participação de alguns vereadores, como Aílton de Souza, o Ito (PL), Alexandre Matias (PSDB) e Egídio Beckahser (Republicanos).
Confira um trecho do discurso do deputado Naatz na Alesc, que ele colocou nas redes sociais.
Não importa quem é o pai , o importante é que o Metropolitano e o BEC estão felizes.
Vão receber um estádio novinho para os jogos e quem vai pagar é 100 % é quem trabalha e paga impostos em dia, mas será que estas duas agremiações esportivas, que são empresas privadas , estão com seus impostos em dia ?
Já perguntei isto várias vezes por e-mail aos vereadores , até o memento nenhum teve a coragem de pesquisar e responder .Dizem que representam o povo , a mim não representam, pois sequer respondem a e-mail aos questionamentos dos munícipes . Mas deixo aqui a pergunta para ver se algum vereador tem a coragem de vir no informe responder .
– O BEC e o Metropolitano estão com o pagamento dos tributos municipais , estaduais , federais e obrigações trabalhistas em dia ?