Dos dez eleitos para o Conselho de Cultura de Blumenau, três são do segmento evangélico

Foto: Sérgio Antonello

Pode parecer bobagem o título deste post e ele próprio, afinal não se pergunta – ou não se deve – perguntar qual o credo antes da abertura de qualquer vaga ou oportunidade, seja de emprego, em concursos e até mesmo para o Conselho de Cultura.

Mas o fato é que eleição do novos conselheiros de Cultura de Blumenau, prevista para maio, foi suspensa depois da percepção que estava acontecendo uma movimentação atípica de inscrições de delegados para a eleição, que aconteceria pela primeira vez de forma remota. Eram mais de 500 inscritos, quando historicamente o número de delegados sempre foi na casa dos 150, gerando uma suspeita que esta movimentação estava acontecendo de forma articulada por segmentos evangélicos com o apoio de vereadores da bancada evangélica.

O fato gerou grande repercussão, artilharia pesada de alguns artistas e dos parlamentares, a demissão do secretário de Cultura e uma nova eleição, que aconteceu no último final de semana, desta vez de forma presencial, com os delegados sendo obrigados a assistir a conferência de sexta-feira e ainda apresentar comprovante que moram em Blumenau.

Duas conclusões. O número de delegados voltou para o patamar normal, com 157 inscritos e 141 presentes, comprovando que havia realmente uma movimentação atípica para aquela eleição que aconteceria de forma remota.

A segunda conclusão é a que motiva este post. Mostrar que apesar de tudo que aconteceu, o segmento evangélico conseguiu ocupar espaços importantes e de forma legítima, no voto.

Cada um dos dez segmentos elegia um titular e um suplente. Três pessoas identificadas com o setor evangélico foram eleitas e duas outras ficaram como suplentes.

Não vou identificar quem é o que, pois não é o caso. Passada a disputa, com uma distorção corrigida no tempo certo, que cada um faça o melhor para o setor da cultura, tão relegado a espaços inferiores.

Que os políticos passem a dar a atenção devida, deixando de lado bravatas nas tribunas.

 

1 Comentário

  1. Após as eleições nenhum vereador do segmento evangélico reclamou , porque será ?

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