Disputa na Mesa Diretora da Assembleia segue dividida, apesar do discurso de consenso

Foto: Alesc

Duas reuniões nesta terça-feira, quase simultâneas em Florianópolis, discutiram a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, com um discurso de busca pelo consenso, mas com os dois grupos fazendo uma matemática básica. 21 votos, a metade mais um, suficiente para eleger o presidente e os demais ocupantes da direção do parlamento.

A nova Legislatura toma posse no dia 1º de Fevereiro, ainda sem saber o piloto e demais ocupantes dos cargos da Mesa.

De um lado, com mais de três horas de duração, integrantes da atual e futura bancada do PL, a maior da nova Legislatura com 11 deputados, anunciam que não definiram indicativo oficial de apoio a nenhuma das duas candidaturas apresentadas, Mauro De Nadal (MDB) e José Milton Scheffer (PP). Falam em busca pelo consenso.

Balela, ate porque o partido do governador Jorginho Mello anunciou o apoio a candidatura de Scheffer, o que incomodou o MDB e mostrou oportunidade para outras siglas.

Este grupo se reuniu também nesta terça-feira. MDB, PSD, União, PT, PODEMOS, PSDB, PTB e outros, mas uma vez, confirmaram o apoio à candidatura de Nadal, que presidiu a Assembleia Legislativa no mandato passado. Eles teriam pelo menos 24 votos, o que bastaria para eleger a Mesa. E alijar o PL do comando da casa, numa derrota política que cairá no colo de Jorginho Mello.

Talvez seja este o consenso que esteja sendo buscado, uma saída honrosa com espaços para deputados da maior bancada na Mesa. E a busca deste consenso pode ser através da indicação de nomes do MDB para o Governo, muito provável de se concretizar, com algum deputado da sigla indicado para a secretaria de Infraestrutura.

Outra opção do Governo seria oferecer secretarias para alguns partidos, ouvi inclusive que o União Brasil poderia vir para a base e até o nome do deputado Marcos da Rosa, de Blumenau, estava cotado para assumir algum espaço no primeiro escalão, ou seu suplente, Laércio Schuster.

Uma estratégia tradicional, mas arriscada. Pelo que vejo, (quase) todo mundo estará no mesmo barco, com o MDB, União, PP, PSD e PSDB ocupando cargos no Governo, com uma saída honrosa para José Milton Scheffer e o PL na Mesa também. 

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