ACIB assina documento de entidades pedindo retomada da economia

Foto: divulgação ACIB

A Associação Empresarial de Blumenau é uma das entidades que assina um documento enviado nesta quarta-feira ao governador Carlos Moisés onde defende a retomada da atividade produtiva e aponta alguns caminhos. Confira.

MOVIMENTO DE ENTIDADES REAGE SC

Of. 0001/2020 Florianópolis, SC, 25 de março de 2020

Ao Senhor

CARLOS MOISÉS DA SILVA
Excelentíssimo Governador do Estado de Santa Catarina

Nesta Capital

Senhor Governador,

É consolidado o conhecimento que a pandemia provocada pela COVID-19 tem demonstrado uma capacidade de contaminação incomensurável, inclusive para o setor produtivo mundial, o que não diferentemente se observa em nosso estado.

Notadamente, são louváveis todos os esforços envidados por esse governo no sentido de contenção da pandemia e preservação do todo.

Recentemente, não somente empresários, mas médicos, tem se manifestado no sentido de uma condução mais reconciliatória na retomada rápida da atividade econômica com a minimização do risco associado com a epidemia de Covid-19.

Muito tem sido discutido e proposto em relação ao manejo da pandemia de Covid-19 focando em isolamento social, quarentena, fechamento em massa de empresas e negócios, uma virtual parada da atividade econômica.
Frequentemente esta discussão é colocada de forma bastante simplista, “basta ficar em casa” e “salvar vidas é mais importante do que a economia”. Isto desconsidera o enorme impacto humanitário e social de uma recessão econômica profunda, que afeta principalmente os segmentos mais vulneráveis da população.

Logo, não há que se negar a existência de nítidas evidências científicas claras de que recessão em países em desenvolvimento, e mesmo em países desenvolvido, aumenta a mortalidade em geral, novamente, em especial nos grupos sociais e economicamente mais vulneráveis.

Ainda, é importante destacar que há tanto uma baixa capacidade de oferta de liquidez às empresas, tendo em vista a condição fiscal dos governos estadual e federal; quanto um possível agravamento do quadro fiscal tendo em vista a queda na arrecadação pelo prolongamento do isolamento e quarentena.

É urgente, portanto, registrar a nossa máxima preocupação em face aos milhões de empregos e milhares de empresas que estarão sucumbindo diante da intensa restrição de convívio social, o que, em nosso entender, pode-se amenizar com algumas das considerações que registramos abaixo:

a) Iniciar imediatamente o planejamento da retomada da atividade econômica, formando um comitê que inclua lideranças empresarias, com objetivo de que a reabertura gradativa aconteça a partir do dia 30/03/2020.

b) Destravar gradativamente os segmentos do setor produtivo para evitar um colapso econômico e social sem precedentes;

c) Focar estratégia de quarentena e isolamento para os grupos de risco, liberando parte da força de trabalho para retorno às atividades, priorizando, quando possível, o home office;

d) Permitir que as empresas operem com horário ampliado, para evitar aglomerações e possam distribuir os atendimentos;

e) Determinar o funcionamento das indústrias, do comércio e de serviços, mesmo que seja em regime de escalas com suas equipes alternadas caso o setor produtivo tenha essa possibilidade (adequando a cada tipo de segmento);

f) Determinar que os segmentos de serviços, comércio varejista e atacadista, que mantenham o controle de acesso dos clientes respeitando as distâncias mínimas e fornecendo meios para a higienização dos colaboradores e clientes;

g) Fornecer equipamentos de proteção para os colaboradores de vendas, produção e entrega, os quais possam, de alguma forma ter contato com outras pessoas;

h) Garantir aos colaboradores que se enquadram no grupo de risco fiquem de quarentena;

i) Retorno de atendimento mínimos em todas os órgãos da administração pública direta;

j) Criação de canais de atendimento via whatsapp, telefone e e-mail por parte de todos os órgãos estaduais, para recebimento de documentos e solicitações, com atendimento imediato, maximizando a automatização dos processos e a digitalização do governo;

k) Veto de qualquer legislação que controle preços de mercado, por compreender que resultam inevitavelmente em redução de oferta e escassez de produtos essenciais, bem como que são inválidos por inconstitucionalidade;

l) Possibilidade de retirada de produtos no local, através e sistema de drive-thru ou outro ponto no estabelecimento;

m) Campanhas publicitárias de conscientização sobre a necessidade de retomada econômica e de minimização do medo de sair de casa incutido na população pelo momento pandêmico atual, proporcionando que as populações de baixo risco voltem a circular e viver suas vidas de maneira mais próxima do normal.

Entende-se também que medidas para acréscimo da capacidade do sistema de saúde do Estado de Santa Catarina se fazem urgentes, de maneira a contribuir com a flexibilização nas medidas de isolamento social.

Por fim, entendemos que, juntos, podemos seguir mantendo o Pulso de Santa Catarina, protegendo vidas, retomando a atividade econômica produtiva e buscando um futuro para o nosso pujante estado catarinense.

Agradecemos antecipadamente a vossa sensível atenção e pronto atendimento ao presente pleito, cujas organizações signatárias manifestam.

Atenciosamente,

MOVIMENTO DE ENTIDADES REAGE SC

• ABRAPE – Associação Brasileira de Promotores de Eventos

• ABRASEL – SC

• ACATE – Associação Catarinenses de Tecnologia

• ACATS – Associação Catarinense de Supermercados

• ACEPA/CDL – Associação Comercial e Empresarial de Palma Sola

• ACIB – Associação Empresarial de Blumenau

• ACIBIG – Associação Empresarial e Cultural de Biguaçu

• ACIC -Associação Comercial e Industrial de Chapecó

• ACIC – Associação Empresarial de Canoinhas

• ACIC – Associação Empresarial de Criciúma

• ACID – Associação Comercial e Industrial de Descanso

• ACIF – Associação Empresarial De Florianópolis

• ACIG – Associação Empresarial de Gaspar

• ACII – Associação Comercial e Industrial de Itajaí

• ACIIO – Associação do Comércio e Indústria de Iporã do Oeste

• ACITA – Associação Comercial e Industrial de Itá

• ACIL – Associação Comercial e Industrial de Lages

• ACIM – Associação Empresarial de Mondaí

• ACIP – Associação Comercial e Industrial de Palmitos

• ACIP – Associação Empresarial de Palhoça

• ACIP – Associação Empresarial de Pomerode

• ACIP – Associação Comercial e Industrial de Pinhalzinho

• ACIPG – Associação Empresarial de Presidente Getúlio

• ACIRS – Associação Empresarial de Rio do Sul

• ACISA-CP – Associação Comercial e Industrial de Cunha Porã

• ACIS – Associação Comercial e Industrial de Seara

• ACIS – Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho

• ACISJO – Associação Comercial e Industrial de São João do Oeste

• ACISMO – Associação Empresarial de São Miguel do Oeste

• ACIT – Associação Comercial e Industrial de Tijucas

• ACITC – Associação Comercial e Industrial de Trombudo Central

• ACIUR – Associação Empresarial de Urubici

• ACIX – Associação Comercial e Industrial de Xavantina

• ACIVALE – Braço do Norte

• ADVB – SC

• ADAC – Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses

• AE – Associação Empresarial de Maravilha

• AEA – Associação Empresarial de Agrolândia

• AEMFLO – CDL / SÃO JOSÉ

• AECF – Associação Empresarial de Coronel Freitas

• AMI – Associação do Município de Iraceminha

• ASSEMIT – Associação dos Empresários de Itapiranga

• AVIP – Associação Visite Pomerode

• CDL – FLORIANÓPOLIS

• CDL – CHAPECÓ

• CEC – Centro Empresarial de Chapecó

• FACISC – Federação das Associações Empresariais de SC

• FECOMERCIO – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina

• FORTUR – Fórum de Turismo de Florianópolis

• FLORIPA SUSTENTÁVEL • SEBRAE – SC

3 Comentário

  1. Só pensam no dinheiro… E quando começar as mortes, será que isso importa?

  2. Parabéns, ACIB!

    Documento técnico que exigiu concentração máxima dos seus autores.

  3. A Itália cometeu esse erro e agora paga com vidas, essas entidades assinaram esse manifesto com sangue dos futuros mortos e lágrimas das famílias.

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