Já vimos este filme em 2018, com Napoleão Bernardes, então no PSDB. Mas o desfecho deste enredo, em 2022, com novos atores, tem tudo para ser pior ainda.
Me refiro a situação de Antídio Lunelli, que deixou uma bem sucedida administração na Prefeitura de Jaraguá do Sul para ser o candidato do MDB ao Governo. A decisão era arriscada, pois ele sabia da intenção de parte importante do seu partido – os deputados estaduais – que trabalhavam para ir no projeto de reeleição Carlos Moisés (Republicanos).
Mesmo assim Lunelli saiu, incentivado pelo agora presidente licenciado Celso Maldaner. Não conseguiu consolidar sua candidatura, nem externa nem internamente e viu prevalecer a proposta do MDB estar junto com Moisés, mas conseguiu ser o nome da sigla para compor a majoritária.
O problema é que Carlos Moisés não quer. Visualiza em Antídio um problema para sua reeleição, por conta de críticas anteriores e outros problemas que podem atrapalhar na caminhada. O governador falou isso para o Informe Blumenau nesta terça-feira a noite.
Só que neste caso, Antídio Lunelli fica praticamente sem opção política, pois ele não pode tentar a vaga ao Senado e nem a deputado federal, por ser proprietário de emissoras de rádio e ter negócios com o BNDES. Talvez candidato à Assembleia Legislativa, mas também com algumas questões jurídicas para serem avaliadas.
Por conta disso, Antídio volta ao cenário com sua candidatura, que teria o apoio de diretórios municipais. Ele lembra que fez o gesto de tentar unir o partido.
E aí fica a sinuca de bico do MDB, pois, faltando 24 dias para convenção do MDB, marcada para o dia 23 de julho, sinaliza-se uma disputa que pode rachar de vez o já rachado MDB. Que passa a ser um problema para o projeto de reeleição de Carlos Moisés.
Moisés nunca mais.
Enfim ele foi apresentado à política, isso são esses “donos” de partido, aqui em Blumenau ocorreu isso.