A “guerra” na bancada evangélica, Marcia Tiburi deixa o Brasil sob ameaças e Bolsonaro e sua fake news

“Guerra” na bancada evangélica

Vista como a mais importante bancada para o atual governo, os evangélicos estão em uma disputa para o nome do seu líder.

Deputados dessa frente reconhecem que a cordialidade e o consenso visto em escolhas anteriores passam longe dessa. Fala-se inclusive em uma “guerra” de poderes entre as maiores igrejas evangélicas, que tentam emplacar um nome para comandar a bancada.

Os nomes que circulam são: Cezinha de Madureira (PSD-SP), Paulo Freire (PR-SP), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e Pastor Eurico (Patriota-PE). O primeiro e o segundo ligados à Assembleia de Deus e o terceiro protegido do Pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo).

Mais uma exilada

Marcia Tiburi, filósofa, escritora e que foi candidata a governadora do Rio de Janeiro pelo PT, deixou o Brasil após sofrer ameaças. Ela está vivendo no nordeste dos EUA desde dezembro. Ela foi recebida pela organização “Pesquisadores em Risco”.

É a segunda liderança de esquerda a deixar o país. No final de janeiro, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) abandonou seu mandato como deputado federal pelos mesmos motivos.

Bolsonaro usa fake news para atacar a imprensa

O presidente Bolsonaro atacou a imprensa com um informações falsas divulgadas por um site que reúne colunistas favoráveis ao governo. Em seu Twitter, o presidente endossou uma tese levantada pelo site Terça Livre, que falsamente atribuiu a uma jornalista do Estadão a declaração de que teria “intenção” de “arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”.

A suposta declaração, que aparece entre aspas no título do texto do Terça Livre, foi atribuída pelo site à repórter Constança Rezende. A frase teria sido dita, segundo “denúncia” de um jornalista francês citado pelo Terça Livre, em uma conversa gravada em que a repórter fala da cobertura jornalística das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

A gravação do diálogo, porém, mostra que Constança em nenhum momento fala em “intenção” de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas. Só trechos selecionados foram divulgados. Em um deles, a repórter avalia que “o caso pode comprometer” e “está arruinando Bolsonaro”, mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Nota da OAB e Abraji

Após a divulgação em seu Twitter, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgaram uma nota pública condenando a atitude do presidente.

Para a OAB e a Abraji, Bolsonaro age com a intenção de intimidar o trabalho dos jornalistas e promove um ataque à “imprensa livre e crítica”, que seria um dos “pilares da democracia”, segundo afirmam as entidades. “Na noite de domingo, Bolsonaro fez um novo ataque público à imprensa, desta vez valendo-se de informações falsas”, diz a nota.

Fontes: UOL e Estadão

Resumo do Brasil: a “guerra” na bancada evangélica, Marcia Tiburi deixa o Brasil por causa de ameaças e o presidente Bolsonaro usa informações falsas para atacar a imprensa.

2 Comentário

  1. É a segunda liderança de esquerda a deixar o país. No final de janeiro, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) abandonou seu mandato como deputado federal pelos mesmos motivos.

    Já vai tarde , e poderia ter levado o resto da quadrilha junto .

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